“Se existisse algum remédio contra o poder da morte, o homem não morreria no jardim onde cresce a Salva.”
Estas palavras de Santa Hildegarda descrevem bem as propriedades curativas da Salva, cujo nome, derivado do latim salvare, também alude ao seu uso medicinal pelos romanos.
Ficha Botânica:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Lamiaceae
Género: Salvia
A Salva (Salvia officinalis L.), também conhecida por Salva-das-boticas pelo seu uso em farmácia é um sub-arbusto de folhas verde-esbranquiçadas e aveludadas. As suas flores azul-violáceas, surgem no fim da Primavera.
Em Portugal surge cultivada em jardins visto ser, como a maioria das espécies do género Salvia bastante ornamental.
Usos medicinais e princípios activos:
As folhas da Salva, ricas em óleos essenciais, são estrogénicas, anti-espasmódicas, anti-microbianas, tónicas e anti-transpirantes.
Por ser anti-transpirante é um dos ingredientes de alguns desodorizantes naturais.
Indicada para problemas da menopausa, ataques de asma, infecções e casos de melancolia. Estudos recentes revelam que é também indicada para problemas de memória e aumenta a performance cognitiva com resultados superiores aos do café.
Por conter tujona, uma substância tóxica, deve ser usada com moderação, sendo que não devem ser efectuados tratamentos prolongados.
Usos culinários:
Além de ser usada em infusões refrescantes, a Salva é utilizada em pratos de carne, peixe e pratos à base de batatas e cenouras.
Por terem pequenos pêlos a lembrar veludo, as folhas devem ser finamente picadas quando usadas em Culinária.