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Notas do Herbalista 10: Gilbardeira

A Gilbardeira é um arbusto que cresce em bosques até 700m de altitude

Com as suas bagas vermelhas é bastante usada em decorações de Natal.

Gilbardeira
Ilustração por Amédée Masclef

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Asparagales
Família: Asparagaceae
Género: Ruscus

A Gilbardeira ou Gilbarbeira (Ruscus aculeatus L.) é um arbusto vivaz que forma moitas espessas. As suas folhas verde-escuras são falsas, sendo, na realidade, caules modificados, chamados cladódios. As folhas verdadeiras reduzem-se aos espinhos na ponta de cada cladódio.

As flores são violáceas ou esverdeadas e surgem de Setembro a Abril no centro dos cladódios. As bagas são redondas e de cor vermelha.

Nalguns locais é conhecida como Erva-dos-vasculhos, visto ser usada para fazer vassouras que chegam a durar anos.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em saponósidos e potássio, contém ainda cálcio e óleo essencial.
Recomendada por Dioscórides como diurética, a Gilbardeira é indicada para problemas renais e edemas dos membros inferiores.
É vasoconstritora, podendo ser usada para tratamento de varizes, hemorróidas ou gota.
Tradicionalmente usa-se a raiz, mas podem ser usados também os caules e os cladódios numa decocção de 30-40g/litro de água.
Juntamente com o Funcho, o Aipo, o Espargo e a Salsas faz parte do xarope das cinco raízes.

Usos culinários:

A Gilbardeira não tem usos culinários. No entanto, os seus rebentos jovens podem ser comidos como os do Espargo-selvagem.

As bagas são tóxicas.

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