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Notas do Herbalista 36: Erva-sofia

A Erva-sofia é uma planta da família das mostardas que pode ser encontrada em locais pedregosos, muros, caminhos e baldios.
Por necessitar de azoto em grandes quantidades, tende a aparecer em locais habitados, como praças, ruas e jardins.

Erva-sofia
Ilustração de Johann Georg Sturm (Colorida por Jacob Sturm).

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Brassicales
Família: Brassicaceae
Género: Descurainia

A Erva-sofia (Descurainia sophia (L.) Webb. ex Prantl) é uma planta herbácea com talo erecto, ramificado com cerca de 80cm da altura. As folhas são profundamente divididas em lóbulos lineares finos. Tanto as folhas como o caule são recobertas por pêlos curtos que lhes conferem um aspecto verde-acizentado.

As flores são amarelas, com 4 pétalas e 4 sépalas, dispostas em cachos terminais. Os frutos são síliquas estreitas com duas válvulas que albergam as sementes de sabor acre, semelhante ao da Mostarda-negra.

Nas antigas Grécia e Roma, as mulheres usavam uma máscara facial, durante 4 noites seguidas, composta das folhas esmagadas desta planta, para tornar a pele sedosa e sem defeito.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em derivados sulfurados, é adstringente, vermífuga e vulnerária.
Utiliza-se em diarreias, cólicas e soluços.
A sua acção cicatrizante sobre as feridas levava os antigos herbalistas a chamarem-lhe Sophia chirugorum, ou seja, “Sabedoria-dos-cirurgiões,” que a usavam para tratar feridas de guerra. Ainda hoje é conhecida, nalguns locais, por Sofia-dos-cirurgiões.

Usos culinários:

No Irão as sementes são chamadas khah-e shir e são usadas, em bebidas, para matar a sede em dias quentes.

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