A Lapsana é uma planta que habita em terrenos incultos e cultivados, entulhos e nos limites dos bosques.
Em Portugal é frequente nos locais sombrios, sebes e campos cultivados das regiões com mais influência do Atlântico.
Ficha Botânica:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Lapsana
A Lapsana (Lapsana communis L.), ou Labresto, é uma planta anual com 20cm a 1,2m de altura, de caule erecto e ramificado na extremidade superior. As folhas são alternas com dentes espaçados, tendo formas diferentes conforme a posição no caule. As inferiores são liradas, as médias são ovais e as superiores lanceoladas.
As flores são amarelo-claras, dispostas de 8 a 12 em pequenos capítulos sobre pedúnculos diapostoa em panículas. O fruto é um aquénio comprido, estriado e brilhante, sem papilho.
Nalguns países a Lapsana tem nomes comuns que podem ser traduzidos como Erva-dos-mamilos, aludindo aos seus botões que fazem lembrar um mamilo e ao seu uso tradicional nos mamilos das mulheres.
Usos medicinais e princípios activos:
Embora os seus principíos activos sejam indeterminados, é antidiabética, emoliente, laxativa, refrescante e vulnerária.
É tradicionalmente utilizado como coadjuvante no tratamento da diabetes, para as afecções do fígado e para a prisão de ventre.
Externamente é útil em para o tratamento de gretas, especialmente as que surgem nos mamilos das mulheres durante e após a amamentação. Para este fim utiliza-se o suco da planta misturado com uma matéria gorda.
Usos culinários:
A Lapsana pode ser consumida crua, tendo as suas folhas um sabor ligeiramente picante que recorda o Rábano.
Pode também ser cozida, salteada ou como recheio de quiches.