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Notas do Herbalista 124: Mostarda-negra

A Mostarda-negra cresce nos prados e terrenos da região mediterrânica sendo cultivada um pouco por todo o mundo

Em Portugal, além de cultivada, é espontânea, especialmente no Minho, Estremadura e Alentejos.

Mostarda-negra
Ilustração por Walther Otto Müller.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Brassicales
Família: Brassicaceae
Género: Brassica

A Mostarda-negra (Brassica nigra (L.) Koch)* é uma planta anual com 20cm a 1m de altura, de caule erecto e ramos patentes. As folhas são pecioladas e liradas.

As flores são amarelas, dispostas em cachos terminais em corimbo que dão origem ao escapo floral, que se cobre de silíquas contendo as sementes.

O nome Mostarda significa mosto ardente, e vem do uso dado pelos Romanos que a misturavam com o mosto.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em heterósido azotado, mucilagem, alcalóides e enzima, é revulsiva e vomitiva.

É tradicionalmente utilizada para o tratamento de congestões e problemas intestinais.

Em doses moderadas, estimula a digestão.

Externamente é útil em banhos para alívio de nevralgias, reumatismo e dores nos pés.

Usos culinários:

As sementes moídas são utilizadas como especiaria.

Na cozinha indiana são usadas as sementes e o seu óleo, sendo que este último é difícil de obter fora da Índia.

Embora seja usada na elaboração do molho comummente conhecido por “Mostarda”, é preferida a Mostarda-branca, de sabor mais suave.

*Em alguma literatura mais antiga poderá ser referida por Sinapis nigra L..

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