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Notas do Herbalista 128: Cardo-santo

O Cardo-santo é uma planta mediterrânica que habita em solos secos e pedregosos.

Em Portugal encontra-se especialmente no interior Norte e Centro.

Cardo-santo
Ilustração por Franz Eugen Köhler.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Cnicus

O Cardo-santo (Cnicus benedictus L.), é uma planta anual com 10 a 60cm de altura, de caule erecto e viloso. As folhas são verde-claras, compridas e lobuladas.

As flores, amarelas, dispõem-se em capítulos solitários com folhas e brácteas externas foliáceas, enquanto as interiores são lanceoladas, maiores que o capítulo, terminando em espinho. O fruto é um aquénio castanho com um papilho curto. A raiz é aprumada.

A “santidade” desta planta vem do seu uso pelos convalescentes, sendo outrora conhecido como “o refúgio dos doentes, o tesouro dos pobres, a panaceia dos pais de família”.

Usos medicinais e princípios activos:

Rico em princípio amargo (cnicina), óleo essencial, tanino, mucilagem, sais minerais e vitamina B1, é aperitivo, anti-séptico, diurético, febrífugo, hipoglicemiante e tónico.

É tradicionalmente usada para a falta de apetite e para a dispepsia.

É ainda útil em situações de convalescença, como coadjuvante em casos de diabetes e como tónico do fígado.

Externamente utiliza-se nas feridas e como alívio em casos de zona.

Utilizado habitualmente em macerados vínicos. Deve ser consumido com moderação.

Usos culinários:

Ao contrário de outros cardos, o Cardo-santo não tem usos culinários devido ao seu sabor extremamente amargo.

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