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Notas do Herbalista 9: Salva

“Se existisse algum remédio contra o poder da morte, o homem não morreria no jardim onde cresce a Salva.”

Estas palavras de Santa Hildegarda descrevem bem as propriedades curativas da Salva, cujo nome, derivado do latim salvare, também alude ao seu uso medicinal pelos romanos.

Salva
Ilustração por Franz Eugen Köhler

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Lamiaceae
Género: Salvia

A Salva (Salvia officinalis L.), também conhecida por Salva-das-boticas pelo seu uso em farmácia é um sub-arbusto de folhas verde-esbranquiçadas e aveludadas. As suas flores azul-violáceas, surgem no fim da Primavera.

Em Portugal surge cultivada em jardins visto ser, como a maioria das espécies do género Salvia bastante ornamental.

Usos medicinais e princípios activos:

As folhas da Salva, ricas em óleos essenciais, são estrogénicas, anti-espasmódicas, anti-microbianas, tónicas e anti-transpirantes.

Por ser anti-transpirante é um dos ingredientes de alguns desodorizantes naturais.

Indicada para problemas da menopausa, ataques de asma, infecções e casos de melancolia. Estudos recentes revelam que é também indicada para problemas de memória e aumenta a performance cognitiva com resultados superiores aos do café.

Por conter tujona, uma substância tóxica, deve ser usada com moderação, sendo que não devem ser efectuados tratamentos prolongados.

Usos culinários:

Além de ser usada em infusões refrescantes, a Salva é utilizada em pratos de carne, peixe e pratos à base de batatas e cenouras.
Por terem pequenos pêlos a lembrar veludo, as folhas devem ser finamente picadas quando usadas em Culinária.

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