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Notas do Herbalista 28: Amieiro

O Amieiro é a árvore ripícola mais frequente em Portugal.

Com a sua madeira leve e resistente à agua, é a escolha de alguns construtores de guitarras para a construção dos seus instrumentos. É ainda usada no fabrico de tamancos.

Amieiro
Ilustração por Amédée Masclef.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fagales
Família: Betulaceae
Género: Alnus

O Amieiro (Alnus glutinosa (L.) J. Gaertn.) é uma árvore média com até 30 metros de altura. O seu tronco é cinzento (esverdeado enquanto jovem) e as suas folhas, caducas, são verdes e arredondadas, de borde dentado.

As flores masculinas são amentos cilíndricos de cor amarela, as femininas assemelham-se a pequenas pinhas de onde se libertam as pequenas sementes aladas.

Usos medicinais e princípios activos:

O Amieiro é rico em taninos, lípidos e pigmento.

Adstringente, cicatrizante e febrífugo, a sua decocção é indicada para a lavagem de feridas e hemorróidas. Pode também ser usado em gragarejos para inflamações da gargante e para fortalecer as gengivas.

Os cataplasmas de folhas picadas ajudam a cicatrizar feridas e queimaduras. Aplicadas sobre o peito das lactantes, causam a secagem do leite.

Depois de caminhadas longas, podem-se envolver os pés com folhas frescas de Amieiro para ajudar a acalmar as dores.

Usos culinários:

A sua lenha é adequada para defumar peixes.

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