O Cardo-santo é uma planta mediterrânica que habita em solos secos e pedregosos.
Em Portugal encontra-se especialmente no interior Norte e Centro.
Ficha Botânica:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Cnicus
O Cardo-santo (Cnicus benedictus L.), é uma planta anual com 10 a 60cm de altura, de caule erecto e viloso. As folhas são verde-claras, compridas e lobuladas.
As flores, amarelas, dispõem-se em capítulos solitários com folhas e brácteas externas foliáceas, enquanto as interiores são lanceoladas, maiores que o capítulo, terminando em espinho. O fruto é um aquénio castanho com um papilho curto. A raiz é aprumada.
A “santidade” desta planta vem do seu uso pelos convalescentes, sendo outrora conhecido como “o refúgio dos doentes, o tesouro dos pobres, a panaceia dos pais de família”.
Usos medicinais e princípios activos:
Rico em princípio amargo (cnicina), óleo essencial, tanino, mucilagem, sais minerais e vitamina B1, é aperitivo, anti-séptico, diurético, febrífugo, hipoglicemiante e tónico.
É tradicionalmente usada para a falta de apetite e para a dispepsia.
É ainda útil em situações de convalescença, como coadjuvante em casos de diabetes e como tónico do fígado.
Externamente utiliza-se nas feridas e como alívio em casos de zona.
Utilizado habitualmente em macerados vínicos. Deve ser consumido com moderação.
Usos culinários:
Ao contrário de outros cardos, o Cardo-santo não tem usos culinários devido ao seu sabor extremamente amargo.