A Carqueja é uma planta bem conhecida, sendo referida em ínumeras canções e adágios populares por toda a Península Ibérica.
Encontra-se um pouco por todo o país, especialmente em matagais e terrenos ácidos. É extremamente comum no Norte de Portugal e na Galiza.
Ficha Botânica:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Género: Genista
A Carqueja (Genista tridentata L.)* é um arbusto perene com até 1 metro de altura. O seu caule é lenhoso, com ramos alados formando falsas folhas duras, o que lhe dá o seu aspecto “tridentado.” As folhas, triangulares, são diminutas, podendo considerar-se inexistentes.
As flores são amarelas, dispostas em inflorescências corimbiformes, em grupos de 3 a 10, aparecendo de Março a Junho. O fruto é uma vagem oblonga.
Espécie pirófita, ou seja, amiga do fogo, é uma planta que rebrota e germina facilmente após um incêndio.
No Brasil, o nome Carqueja, refere-se à espécie Baccharis trimera (Less.) DC., planta muito diferente, pelo que deve sempre confirmar-se, pelo nome científico, de que planta se trata, ao consultar livros ou sites desse país.
Usos medicinais e princípios activos:
Rica em flavonóides, é béquica, diurética, depurativa, emoliente, laxante, hipotensiva, hipoglicemiante e digestiva.
Tradicionalmente utilizada para tosse e constipações, hipertensão, gota, reumatismo e problemas de fígado.
É útil, também, em regimes de emagrecimento, diabetes, colesterol, problemas de bexiga e para acalmar irritações na pele.
Usos culinários:
Utilizada como tempero para guisados de coelho e no famoso “arroz de Carqueja”.
Arroz de Carqueja
Coze-se o arroz em chá de flores de Carqueja (3 medidas por cada medida de arroz), devendo o arroz ficar "a correr" e com os raminhos da Carqueja bem dispersos. Serve-se imediatamente.
* Nalguma literatura pode aparecer como Pterospartum tridentatum (L.) Willk.
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