A Cavalinha é nativa das regiões não tropicais do Hemisfério Norte, embora exista em todo o mundo à excepção da Antárctida, habitando nas bermas de caminhos, em solos siliciosos.
Em Portugal encontra-se espontânea nas regiões Norte e Centro e Sul, especialmente junto aos ribeiros
Ficha Botânica:
Reino: Plantae
Divisão: Monilophyta
Classe: Polypodiopsida
Ordem: Equisetales
Família: Equisetaceae
Género: Equisetum
A Cavalinha (Equisetum arvense L.), também chamada Cauda-de-cavalo, é uma planta vivaz com 20cm a 65cm de altura. Sobre o mesmo rizoma nascem dois tipos de caule. Os primeiros, férteis, são mais pequenos, com 10 a 25cm de altura, avermelhados, com bainhas castanhas, terminando numa espiga acastanhada. Seguidamente surgem os caules estéreis, verdes, sulcados, ocos com verticilos de ramos finos.
Por ser uma planta criptogâmica vascular, a Cavalinha não tem flores nem frutos, mas sim esporos. Os esporângios agrupam-se sob as escamas da espiga. Os esporos têm filamentos elásticos que se desenrolam quando as condições de temperatura e humidade são adequadas, auxiliando a sua propagação. O seu rizoma é profundo, podendo chegar a 2m de profundidade.
A Cavalinha é um “fóssil vivo” pois o género Equisetum foi o único membro das Equisetidae (sub-classe da Polypodiopsida) que chegou até nós. Os restantes membros extinguiram-se há cerca de 250 milhões de anos.
Usos medicinais e princípios activos:
Rica em sais minerais (especialmente silício), heterósido, tanino e ácidos orgânicos, é adstringente, cicatrizante, diurética, hemostática e remineralizante.
O seu principal uso é como aquarética, ou seja, promove a eliminação de água, mas não de sais minerais que ajuda a repôr. Assim, é útil em regimes de emagrecimento, retenção de líquidos, tendinites e inflamações dos ligamentos.
Devido à presença de silício é útil para estimular o crescimento do cabelo e das unhas.
É ainda útil como cicatrizante interno e externo, na hipertensão e em casos de osteoporose.
Para fins medicinais são utilizados os caules estéreis.
Por ser potencialmente hepatotóxica deve ser utilizada com moderação.
Usos culinários:
As plantas jovens são consumidas cruas pelos nativos americanos.
No Japão os caules férteis são cozinhados e consumidos da mesma forma que os Espargos.
Por ser potencialmente hepatotóxica deve ser consumida com moderação.