O Azevinho é um arbusto, de crescimento muito lento, que pode atingir seis metros de altura.
É muito apreciado como decoração de Natal, facto que o colocou em grave risco de extinção no nosso país.
Ficha Botânica:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Celastrales
Família: Aquifoleaceae
Género: Ilex
O Azevinho (Ilex aquifolium L.) cresce nos bosques da Europa temperada. Em Portugal era comum nos bosques de todo o país, especialmente na zona Norte. No entanto, a colheita desregrada para elaboração de decorações de Natal deixou-o praticamente extinto. Actualmente a colheita do Azevinho é totalmente proibida, sendo por isso apenas usado na forma cultivada.
As folhas são verde escuras, brilhantes e dentado-espinhosas. Algumas variedades possuem folhas variegadas, isto é, com duas cores. As suas minúsculas flores são brancas e crescem em grupos de 4 ou 5.
Os seus frutos, comummente chamados “bagas”, são, na realidade, drupas de cor vermelha.
Usos medicinais e princípios activos:
Os frutos do Azevinho contém alcalóides, entre eles a ilicina, o que as torna tóxicas para os humanos e para os animais de estimação. O consumo de 20 drupas pode ser mortal para um adulto, sendo a dose fatal muito mais reduzida em crianças. Não devem ser consumidas de forma alguma.
As folhas são ricas em cafeína e teobromina, assim como o tronco. São diuréticas, febrífugas e anti-espasmódicas.
O Azevinho é utilizado para a febre e bronquite crónica, podendo substituir a quinina.
Recomendo o uso de outras plantas para os mesmos fins. e não partilho aqui o modo de preparar, devido ao elevado risco de extinção do Azevinho, para o qual não pretendo contribuir.
Usos culinários:
Não tem.
Não é demais relembrar que as drupas do Azevinho são tóxicas, podendo ser mortais, especialmente se consumidas acidentalmente por crianças.