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Notas do Herbalista 15: Coentro

“Coentros e rabanetes não vão à mesa do rei.”

Se antigamente o Coentro era consumido pelos pobres e considerado um condimento de segunda, a verdade é que hoje não pode faltar numa cozinha sofisticada.

Coentro
Ilustração por Franz Eugen Köhler

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Apiales
Família: Apiaceae
Género: Coriandrum

O Coentro (Coriandrum Sativum L.) é uma planta anual com 30 a 60cm de altura. As folhas inferiores têm folíolos arredondados de bordos dentados e as superiores são finas e alongadas.

As flores são dispostas em umbelas e os frutos são esféricos e castanhos quando maduros.

Nativo do Próximo Oriente, é cultivado em Portugal, pondendo encontrar-se também em estado silvestre.

Usos medicinais e princípios activos:

Utilizado como medicinal na Arábia desde tempos muito antigos, é pouco comum o uso das suas partes verdes para fins terapêuticos na Europa. Por cá, utiliza-se o óleo essencial extraído dos frutos secos.

O óleo essencial de Coentro é estimulante, anti-séptico e vulnerário.

Utiliza-se como excitante para o homem, em estados de choque e em casos de enfraquecimento geral.

Este óleo deve ser utilizado com moderação.

Usos culinários:

Uma das plantas características da cozinha tradicional alentejana, o Coentro é também fundamental nas cozinhas indiana e árabe.

As folhas frescas são usadas em açordas, na sopa de cação e na carne de porco à alentejana. Podem ainda ser utilizadas em saladas e nalguns guisados.

Os frutos secos (comercialmente designados sementes) são um dos ingredientes de muitas variedades de Caril. Podem ser usados para temperar pratos de caça, guisados e vinagretes.

 

Por tudo isto, não admira que até o rei já use os Coentros.

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