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Notas do Herbalista 63: Alecrim

Alecrim
Ilustração por Amédée Masclef.

“Alecrim, Alecrim aos molhos...”

O Alecrim é um arbusto da Europa medterrânica, espontâneo nas charnecas e pinhais do Centro e Sul de Portugal e cultivado em jardins de todo o país.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoiopsida
Ordem: Lamialales
Família: Lamiaceae
Género: Rosmarinus

O Alecrim(Rosmarinus officinalis L.) é um arbusto perene com 0,5 a 1,5m de altura de caules lenhosos. As folhas são séeseis, persistentes, estreitas com bordos enrolados.

As flores são azuis-claras ou esbranquiçadas (embora existam variedades com outras cores), dispostas em pequenos cachos axilares com 2 lábios de tamanhos diferentes. O fruto é um aquénio.

Planta melífera, é, também extremamente decorativa.

Apesar de o seu género ser Rosmarinus e de o seu nome comum em muitas línguas ser derivado desta palavra, não deve ser confundido com o Rosmaninho que, em Portugal, é o nome comum de uma planta do género Lavandula.

Usos medicinais e princípios activos:

Rico em óleo essencial, ácidos orgânicos, heterósidos, saponósidos e colina, o Alecrim é anti-espasmódico, anti-séptico, colagogo, diurético, estimulante, estomáquico, tónico e vulnerário.

Pode ser utilizado externamente para o tratamento de entorses, torcicolos, problemas de pele e queda de cabelo.

Internamente, utiliza-se a infusão como calmante e como diurético, auxiliando o tratamento da celulite, enxaquecas, depressão e problemas de memória.

Devido ao seu efeito sobre o sistema nervoso, podem pendurar-se ramos de alecrim e locais de trabalho e de estudo, visto o seu óleo essencial ter um efeito benéfico sobre a concentração e a memória.

Não deve ser utilizado internamente em quantidades elevadas nem por longos períodos de tempo. É também desaconselhado o seu uso por grávidas.

Usos culinários:

Ingrediente essencial na cozinha mediterrânica, o Alecrim é usado em pratos de carne (especialmente pratos de carneiro), estufados, peixe, arroz e pão. É ainda usado para aromatizar vinagres e azeites.

1 comentário em “Notas do Herbalista 63: Alecrim

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