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Notas do Herbalista 137: Silva

A Silva é uma planta que habita em sebes, matas e terrenos incultos.

Encontra-se praticamente em todo o país.

Silva
Ilustração por Jan Kops.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Rosales
Família: Rosaceae
Género: Rubus

A Silva (Rubus fruticosus L. sensu latu*), ou Sarça, é subarbusto sarmentoso, aculeado (com espinhos) com rebentos erectos. As folhas são estipuladas com um número ímpar de folíolos serrados.

As flores são brancas ou cor-de-rosa, dispostas em cachos. O fruto (amora silvestre) é globoso composto de drupéolas carnudas comprimidas sobre um receptáculo.

A Silva é detestada pelos hortelões pois invade os terrenos de cultivo. É também considerada prejudicial nas produções florestais, pois cria verdadeiros matagais, sendo obrigatório o seu corte nas zonas de prevenção de incêndios. Apesar disso, os seus frutos são bastante apreciados chegando a atingir valores elevados no mercado.

* Existem diversas espécies e variedades de Silva, mas, para o uso indicado, são geralmente agrupadas numa só espécie.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em ácidos salicílico, oxálico, cítrico e málio, taninos, glúcidos e vitamina C, é adstringente, anti-diabética, depurativa, detersiva, diurética e tónica.

Os frutos frescos são recomendados em casos de escorbuto e auxiliam em casos de diabetes.

As folhas utilizam-se em casos de diarreias.

Em gargarejos utilizam-se para as afecções da boca e garganta.

Externamente pode ser utilizado para o tratamento de feridas, chagas, úlceras e hemorróidas.

Usos culinários:

As amoras são consumidas ao natural e usadas em sobremesas, compotas e geleias.

Os rebentos jovens podem ser consumidos (após fervura) como hortaliças.

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