O Líquen-da-islândia é, como o seu nome indica, um fungo e não uma planta. No entanto, para fins medicinais, os líquenes e musgos são tratados como plantas, pelo que faz sentido existir uma nota para esta espécie.
Nativo do Norte da Europa, encontra-se em turfeiras, florestas, penhascos ou em árvores, às quais adere sem parasitar. Em Portugal encontra-se principalmente na Serra da Estrela.
Ficha Botânica:
Reino: Fungi
Divisão: Ascomycota
Classe: Lecanoromycetes
Ordem: Lecanorales
Família: Parmeliaceae
Género: Cetraria
O Líquen-da-islândia (Cetraria islandica L.), ou Musgo-da-islândia, é um líquen com 3 a 12cm, de talo erecto dividido em lâminas achatadas, por sua vez divididas em lóbulos. A sua cor é verde-acastanhada na parte superior e verde-prateada na parte inferior, com manchas esbranquiçadas e a base e os bordos pardacentos. No lóbulos terminais existem uns pequenos corpos arredondados, chamados apotécias. O seu cheiro faz lembrar o das algas.
Necessitando apenas de água, ar e luz, é capaz de sobreviver a temperaturas muito afastadas do seu óptimo vital.
Usos medicinais e princípios activos:
Rico em ácidos, glúcidos e mucilagem, o Líquen-da-islândia contém um princípio amargo, de cuja eliminação ou não dependem as suas propriedades.
Tradicionalmente usado para a tosse e afecções dos pulmões, pode também ser usado em casos de vómitos e diarreias.
É contra-indicado para quem sofre de úlceras.
Usos culinários:
Em tempos antigos, usava-se em pães, sopas, papas, etc..