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Notas do Herbalista 88 – Língua-de-cão

A Língua-de-cão é uma planta nativa da Europa que habita em sebes e locais húmidos, excepto no litoral mediterrânico.

Em Portugal encontra-se no Centro e Sul do país, nas margens dos campos e caminhos, terrenos calcários, baldios, muros e perto das tocas de coelhos e de raposas.

Língua-de-cão
Ilustração por Amédée Masclef.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Boraginales
Família: Boraginaceae
Género: Cynoglossum

A Língua-de-cão (Cynoglossum officinaleL.) ou Cinoglossa, é uma planta bienal, rara, com 30 a 80cm de altura, de caule verde, vigoroso, piloso, ramificado na parte superior. As folhas são cinzentas-esverdeadas, compridas, macias e pilosas. As inferiores são ovais, grandes, pecioladas, com nervuras distintas e as superiores são lanceoladas.

As flores são vermelhas (da cor das borras do vinho) dispostas numa cimeira espiralada. O fruto é um tetraquénio coberto de espinhos coberto de espinhos curvos que se agarram à pele dos animais. A raiz é preta, alongada e dura.

O nome Cynoglossum siginifica língua de cão, devido às suas folhas compridas e adstringentes, dando origem ao seu nome comum.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em alcalóides, mucilagem, resina, tanino e óleo essencial, é adstringente, calmante e emoliente.

Utilizada no tratamento da prisão de ventre e de algumas febres.

Utiliza-se externamente em cataplasmas, feitos com a raiz e as folhas frescas, para tratamento de gretas, queimaduras e cieiro.

Usos culinários:

Não tem.

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