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Notas do Herbalista 112: Couve

Natural das costas da Europa Ocidental, a Couve é cultivada por todo o mundo.

Em Portugal existe na sua forma cultivada por todo o país.

Couve silvestre
Couve silvestre - Ilustração por Georg Christian Oeder.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Brassicales
Família: Brassicaceae
Género: Brassica

Chama-se Couve às variedades que pertencem à espécie Brassica oleracea L.. Com demasiadas características diferentes entre as variedades para descrever todas, a variedade silvestre (que deu origem às outras) é uma planta bianual de caule curto e grosso, com folhas carnudas, largas e recortadas, dispostas em roseta.

As flores, amarelas, surgem no segundo ano no alto de um caule floral com 1 a 2m de altura. O fruto é uma cápsula.

As variedades cultivadas podem diferir na forma das folhas, cor das flores ou no tamanho do caule.

As suas variedades cultivares dividem-se por vários grupos*, sendo os mais representativos no nosso país os grupos Acephala (Couve-de-folhas), Botrytis (Brócolo e Couve-flor), Capitata (Repolho), e Tronchuda (Couve-portuguesa).

Usos medicinais e princípios activos:

A Couve tem diversas propriedades, é antianémica, antidiarreica, antiescorbútica, cicatrizante, depurativa, diurética, emoliente, hipoglicemiante, peitoral, vermífuga e vulnerária.

Com mais de 80 aplicações distintas (demasiadas para listar aqui), a recomendação é o consumo de Couve com regularidade.

Destaca-se, no entanto, a sua utilização em casos de anemia, diabetes, escorbuto e reumatismo.

Para fins medicinais é especialmente recomendada a Couve-roxa.

Em uso externo utilizam-se as folhas frecas em cataplasmas.

Usos culinários:

Pode ser usada de diversas maneiras. Sopas, saladas, cozidos, guisados, etc.

A Couve é parte integrante da culinária portuguesa, sendo o ingrediente principal do famoso Caldo Verde (que é típico de Portugal e da Galiza).

Também na Ceia de Natal, a Couve é um elemento tradicionalmente imprescindível, seja como acompanhamento do bacalhau, seja em sopas. No Interior do país, certas cultivares do grupo Acephala e Tronchuda são conhecidas como Couve-do-natal.

*Esta divisão depende do sistema utilizado.

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