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O Tremoceiro é uma leguminosa mediterrânica cultivada desde a antiguidade.

Em Portugal é amplamente cultivado.

Tremoceiro
Ilustração por Raoul Heinrich Francé, Walther Gothan e Willy Lange

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Género: Lupinus

O Tremoceiro (Lupinus albus L.), é uma planta anual com 50cm a 2m de altura, de caule erecto. As folhas são formadas por um número ímpar de folíolos.

As flores, brancas ou azuis, dispõem-se em inflorescências erectas. O fruto é uma vagem, contendo as sementes achatadas (os tremoços). Ler artigo completo

O Trevo-d’água é uma planta da Europa Ocidental que habita em charco, pântanos, turfeiras e valas.

Em Portugal é espontâneo no Alto Minho e na Serra da Estrela.

Trevo-d'água
Ilustração de Johann Georg Sturm (Colorida por Jacob Sturm).

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Menyanthaceae
Género: Menyanthes

O Trevo-d’água (Menyanthes trifoliata L.), também chamado Fava-d’água, é uma planta aquática vivaz com 20 a 40 cm de altura, de caule grosso, rastejante e enterrado no lodo. As folhas são grandes, trifoliadas e pecioladas. Ler artigo completo

A Gatunha é uma planta que existe do Sul da Europa até à Sibéria, habitando em solos argilo-calcários, campos, encostas, pastos, bermas de caminhos e até nos areais.

Em Portugal é frequente em todo o país.

Gatunha
Ilustração por Amédée Masclef.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Género: Ononis

A Gatunha (Ononis spinosa L.), também conhecida como Resta-boi, é um subarbusto com 10 a 80cm de altura, de base lenhosa, com caules ramosos prostrados ascendentes, os ramos abortados transformam-se em espinhos geminados. As folhas são trifoliadas (monofoliadas na parte superior dos ramos). Ler artigo completo

A Figueira-da-índia é um cacto nativo do México, mas espalhado pela região mediterrânica, Médio Oriente e Norte de África, que habita em locais semi-áridos.

Em Portugal encontra-se especialmente, normalmente cultivada ou escapada de jardins, um pouco por todo o país.

Figueira-da-índia
Ilustração por Charles Frederick Millspaugh.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Caryophyllales
Família: Cactaceae
Género: Opuntia

A Figueira-da-índia(Opuntia ficus-indica (L.) Mill.), também conhecida como Nopal ou Piteira, é uma cacto de porte arbustivo com 1,5 a 3m de altura, os ramos são achatados (em formato de pala) de cor verde-acinzentada cobertos de espinhos mais ou menos densos. As folhas, que crescem debaixo das palas jovens, são pequenas e de vida muito curta. Ler artigo completo

O Cardo-santo é uma planta mediterrânica que habita em solos secos e pedregosos.

Em Portugal encontra-se especialmente no interior Norte e Centro.

Cardo-santo
Ilustração por Franz Eugen Köhler.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Cnicus

O Cardo-santo (Cnicus benedictus L.), é uma planta anual com 10 a 60cm de altura, de caule erecto e viloso. As folhas são verde-claras, compridas e lobuladas.

As flores, amarelas, dispõem-se em capítulos solitários com folhas e brácteas externas foliáceas, enquanto as interiores são lanceoladas, maiores que o capítulo, terminando em espinho. O fruto é um aquénio castanho com um papilho curto. A raiz é aprumada. Ler artigo completo

A Cavalinha é nativa das regiões não tropicais do Hemisfério Norte, embora exista em todo o mundo à excepção da Antárctida, habitando nas bermas de caminhos, em solos siliciosos.

Em Portugal encontra-se espontânea nas regiões Norte e Centro e Sul, especialmente junto aos ribeiros

Cavalinha
Ilustração por Edward Step.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Monilophyta
Classe: Polypodiopsida
Ordem: Equisetales
Família: Equisetaceae
Género: Equisetum

A Cavalinha (Equisetum arvense L.), também chamada Cauda-de-cavalo, é uma planta vivaz com 20cm a 65cm de altura. Sobre o mesmo rizoma nascem dois tipos de caule. Os primeiros, férteis, são mais pequenos, com 10 a 25cm de altura, avermelhados, com bainhas castanhas, terminando numa espiga acastanhada. Seguidamente surgem os caules estéreis, verdes, sulcados, ocos com verticilos de ramos finos. Ler artigo completo

A Chicória é cultivada em todo o mundo.

Em Portugal encontra-se espontânea nas regiões Centro e Sul, nas bermas de caminhos, campos cultivados e incultos, solos secos, calcários e argilosos.

Chicória
Ilustração de Johann Georg Sturm (Colorida por Jacob Sturm).

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Cichorium

A Chicória (Cichorium intybus L.), também chamada Almeirão ou Chicória-do-café, é uma planta vivaz com 30cm a 1m de altura, de caule rígido e anguloso com ramos hirtos. As folhas inferiores são divididas em dentes agudos, enquanto as superiores são pequenas, pubescentes e lanceoladas com lóbulos profundos. Ler artigo completo

Na secção dedicada aos usos medicinais surgem alguns termos médicos que descrevem as propriedades de cada planta abordada nestas notas. Consciente de que nem todos os nossos leitores serão versados em temas de saúde, aqui fica um pequeno glossário de alguns desses termos.

Adstringente: Que provoca a retracção dos tecidos e vasos capilares e tende a diminuir as secreções das mucosas.

Analgésico: Que diminui ou suprime a dor.

Antibiótico: Que mata ou impede o desenvolvimento dos micro-organismos. Ler artigo completo

A Urtiga pode encontrar-se no nosso país, assim como em toda a Europa de clima temperado nos campos cultivados , nos locais húmidos e sombrios e em praticamente todos os locais com presença humana.

Urtiga
Ilustração pelo Prof. Dr. Otto Wilhelm Thomé.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Rosales
Família: Urticaceae
Género: Urtica

A Urtiga(Urtica dioica L.), também chamada Urtiga-maior ou Urtigão, é uma planta vivaz com 50cm a 1,5m de altura, de caule erecto e simples. As folhas são opostas, estipuladas e ovais (as da base são cordiformes, com dentes triangulares) com pêlos ocos que contêm uma mistura química da qual basta um décimo de miligrama para provocar a típica sensação urticante.

As flores são verdes, dióicas, minúsculas dispostas em espigas ramosas. O fruto é um aquénio ovóide com apenas uma semente.

Em Marshwood na Inglaterra é realizado o Campeonato do Mundo de Comedores de Urtigas. São servidos aos participantes caules de urtigas de 60cm dos quais têm que retirar as folhas frescas e comẽ-las. Quem conseguir comer mais folhas no tempo estipulado é o vencedor. Os vencedores de algumas edições anteriores chegaram a comer mais de 20 metros de urtigas.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em acetilcolina, histamina, ácidos fórmico e gálico, caroteno, vitamina C, clorofila, tanino, potássio, cálcio, ferro, enxofre, manganésio e silício, é adstringente, antianémica, antidiabética, depurativa, diurética, galactagoga, hemostática e revulsiva.

A infusão das folhas é tradicionalmente utilizada para limpeza do sangue em casos de afecções cutâneas como a acne ou os furúnculos.

É também utilizada para anemias, diabetes, gota ou cáculos renais.

Externamente é útil em lavagens de feridas e chagas e para ajudar a estancar hemorragias.

A decocção das raízes é útil em loções e champôs para evitar a queda do cabelo e estimular o seu crescimento.

Em casos de reumatismo, lumbago ou ciática, pode bater-se com as folhas frescas na zona afectada para alívio das dores, no entanto esta prática é extremamente desconfortável devido à sensação urticante, pelo que só é aconselhada caso não haja outra alternativa.

A mesma técnica era usada nos tempos antigos pelos homens (especialmente os mais idosos) para “recarregar” a capacidade sexual, esfregando as folhas nos órgãos sexuais.

Usos culinários:

A Urtiga pode ser utilizada da mesma forma que o Espinafre, sendo o seu sabor um pouco semelhante.

Como depois de cozinhada perde as suas propriedades urticantes, pode ser utilizada em esparregados, sopas, como guarnição de quiches e tartes, em bolos, etc.

No Concelho de Fornos de Algodres existe uma confraria gastronómica dedicada a este vegetal que a utiliza em todo o tipo de iguarias, desde enchidos a sobremesas.

Nas Ilhas Britânicas é utilizada em para a elaboração de cordiais e cervejas.

A Mostarda-negra cresce nos prados e terrenos da região mediterrânica sendo cultivada um pouco por todo o mundo

Em Portugal, além de cultivada, é espontânea, especialmente no Minho, Estremadura e Alentejos.

Mostarda-negra
Ilustração por Walther Otto Müller.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Brassicales
Família: Brassicaceae
Género: Brassica

A Mostarda-negra (Brassica nigra (L.) Koch)* é uma planta anual com 20cm a 1m de altura, de caule erecto e ramos patentes. As folhas são pecioladas e liradas.

As flores são amarelas, dispostas em cachos terminais em corimbo que dão origem ao escapo floral, que se cobre de silíquas contendo as sementes.

O nome Mostarda significa mosto ardente, e vem do uso dado pelos Romanos que a misturavam com o mosto.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em heterósido azotado, mucilagem, alcalóides e enzima, é revulsiva e vomitiva.

É tradicionalmente utilizada para o tratamento de congestões e problemas intestinais.

Em doses moderadas, estimula a digestão.

Externamente é útil em banhos para alívio de nevralgias, reumatismo e dores nos pés.

Usos culinários:

As sementes moídas são utilizadas como especiaria.

Na cozinha indiana são usadas as sementes e o seu óleo, sendo que este último é difícil de obter fora da Índia.

Embora seja usada na elaboração do molho comummente conhecido por “Mostarda”, é preferida a Mostarda-branca, de sabor mais suave.

*Em alguma literatura mais antiga poderá ser referida por Sinapis nigra L..