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As Tanchagens são plantas que habitam em solos áridos e bermas de caminhos.

Em Portugal são comuns a Tanchagem-maior e a Tanchagem-menor.

tanchagens
Ilustrações por Jan Kops.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Plantaginaceae
Género: Plantago

As Tanchagens, embora diferentes, têm propriedades semelhantes, pelo que o seu uso é comum às várias espécies.

A Tanchagem-maior (Plantago major L.) tem folhas ovais, com sete nervuras e pecíolos compridos, dispostas em roseta. A corola é acinzentada e avermelhada. Ler artigo completo

A Genciana é uma planta que habita em prados e pastagens.

Em Portugal é extremamente rara, encontrando-se pequenos núcleos na Serra da Estrela.

Devido à sua raridade desaconselha-se a sua colheita, devendo optar-se por exemplares cultivados.

Genciana
Ilustração por Amédée Masclef.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Gentianales
Família: Gentianaceae
Género: Gentiana

A Genciana (Gentiana lutea L.), também conhecida por Genciana-amarela. Argençana ou Argençana-dos-pastores, é uma planta vivaz com 50cm a 1,30m de altura, de caule glauco, erecto e oco. As folhas, verdes, são opostas, largas e ovais, com nervuras convergentes. Ler artigo completo

O Umbigo-de-vénus é uma planta originária da Europa que habita em paredes, escarpas e fendas de rochas

Em Portugal encontra-se facilmente em muros velhos, telhados ou cascas de árvores.

Umbigo-de-vénus
Ilustração por Otto Penzig.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Saxifragales
Família: Crassulaceae
Género: Umbilicus

O Umbigo-de-vénus (Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy)*, também conhecido por Orelha-de-monge, Conchelo ou Sombreirinho-dos-telhados, é uma planta suculenta vivaz com 15 a 50cm de altura, com um escapo floral praticamente sem folhas. As folhas, basais, são carnudas, com pecíolos extensos, redondas com uma depressão central. Ler artigo completo

O Cártamo é uma planta originária do Oriente que habita em taludes e terrenos baldios. Rara no estado espontâneo, é cultivada há mais de 4000 anos.

Em Portugal encontra-se em estado subespontâneo nas searas do Alentejo, do Algarve e da Madeira.

Cártamo
Ilustração de Johann Georg Sturm (Colorida por Jacob Sturm).

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Carthamus

O Cártamo (Carthamus tinctorius L.), também conhecido por Açafroa, Açafrão-bastardo ou Açafrol, é uma planta anual com 10 a 60cm de altura, de caule glabro e ramificado. As folhas são serradas, espinhosas, sésseis, com nervuras na página inferior. Ler artigo completo

A Silva é uma planta que habita em sebes, matas e terrenos incultos.

Encontra-se praticamente em todo o país.

Silva
Ilustração por Jan Kops.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Rosales
Família: Rosaceae
Género: Rubus

A Silva (Rubus fruticosus L. sensu latu*), ou Sarça, é subarbusto sarmentoso, aculeado (com espinhos) com rebentos erectos. As folhas são estipuladas com um número ímpar de folíolos serrados.

As flores são brancas ou cor-de-rosa, dispostas em cachos. O fruto (amora silvestre) é globoso composto de drupéolas carnudas comprimidas sobre um receptáculo. Ler artigo completo

O Manjericão é uma planta originária da Índia, cultivada em hortas e jardins.

Manjericão
Ilustração por Francisco Manuel Blanco.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Lamiaceae
Género: Ocimum

O Manjericão (Ocimum basilicum L.), também conhecido por Alfavaca ou Manjerico-de-folha-larga, é uma planta anual com 15 a 50cm de altura, de caules muito ramificados. As folhas são lanceoladas, longas, de cor verde.

As flores são branco-rosadas, dispostas numa inflorescência central semelhante a uma espiga. Ler artigo completo

A Serralha é uma planta ruderal, que habita nos campos cultivados, hortas e jardins.

Em Portugal é espontânea em praticamente todo o território.

Serralha
Ilustração por Christiaan Sepp.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Sonchus

A Serralha (Sonchus oleraceus L.), também conhecida por Leituga, é uma planta anual ou bienal com 15 a 80cm de altura, de caule erecto, oco, de cor avermelhada. As folhas basais dispõem-se em roseta, enquanto as caulinares são muito variáveis, dentadas, podendo apresentar pequenos espinhos nas bordas.

As inflorescência, amarela e ligulada, é semelhante à do Dente-de-leão. O fruto é uma cipsela (um tipo de aquénio) vilosa.

Apesar dos seus usos medicinais e alimentares, é considerada uma erva “daninha” de difícil erradicação.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em ferro, cálcio, fósforo, vitaminas A, D e E, flavonóides, compostos fenólicos e tanino, é adstringente, antioxidante, anti-inflamatória, ansiolítica, antidepressiva e desintoxicante.

É indicada para desintoxicação do fígado, e para alívio das dores de estômago e intestinos.

Utiliza-se também nos casos de depressão, ansiedade e fibromialgia.

Externamente usa-se em cataplasmas para dores reumáticas e lesões.

Usos culinários:

Pode ser utilizada em saladas, sopas, ou como verdura, semelhante ao Espinafre.

É utilizada na cozinha chinesa e da Ligúria.

A Hera-terrestre é uma planta que habita nos locais húmidos e sombrios da Europa atlântica.

Em Portugal é espontânea no Minho, em Trás-os-Montes e nas Beiras.

Hera-terrestre
Ilustração de Johann Georg Sturm (Colorida por Jacob Sturm).

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Lamiaceae
Género: Glechoma

A Hera-terrestre (Glechoma hederacea L.), também chamada Malvela, é uma planta vivaz com 5 a 25cm de altura, de caule prostrado, piloso e radicante. As folhas são verdes, moles, crenadas, cordiformes e arredondadas.

As flores, azuis maculadas de púrpura o de cor-de-rosa, dispõem-se aos pares (por vezes duplos) unilaterais na axila das folhas. O fruto é uma tetraquénio ovóide, liso e castanho.

Apesar do nome, a Hera-terrestre não tem qualquer semelhança com a Hera.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em tanino, óleo essencial, glúcidos, potássio e resina, é diurética, peitoral, tónica e vulnerária.

É tradicionalmente utilizada nas afecções pulmonares, como asma, bronquite, enfisema e constipações..

Utiliza-se também nos transtornos intestinais.

Externamente usa-se para cicatrizar as feridas e nas hemorróidas.

Usos culinários:

Pode ser consumida, com moderação, em saladas.

A Bodelha é uma alga atlântica. É frequente nas costas de todo o país.

Embora seja uma alga, para fins terapêuticos é tratada como uma planta.

Bodelha
Ilustração por Christiaan Sepp.

Ficha Botânica:

Reino: Chromista
Classe: Phaeophyceae
Ordem: Fucales
Família: Fucaceae
Género: Fucus

A Bodelha (Fucus vesiculosus L.), é uma alga com 10cm a 1m de altura, de talo achatado e foliáceo com pequenas vesículas cheias de ar que servem de flutuadores. Os conceptáculos situam-se nas extremidades.

Fixam-se aos rochedos através de um disco basilar provido de rizóides.

Comum nas nossas praias, as crianças divertem-se a rebentar as bolsas de ar, provocando pequenos estalidos.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em Iodo, bromo, sais minerais, acído algínico, oligoelementos e vitaminas, é aquarética, depurativa, estimulante e laxativa.

É útil como coadjuvante no tratamento da obesidade, redução do colesterol e na menopausa.

Externamente usa-se em casos de celulite, psoríase e nos produtos anti-envelhecimento.

Usos culinários:

Pode ser utilizada em saladas, mas não é muito utilizada (à excepção de certas regiões orientais).

O Tremoceiro é uma leguminosa mediterrânica cultivada desde a antiguidade.

Em Portugal é amplamente cultivado.

Tremoceiro
Ilustração por Raoul Heinrich Francé, Walther Gothan e Willy Lange

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Género: Lupinus

O Tremoceiro (Lupinus albus L.), é uma planta anual com 50cm a 2m de altura, de caule erecto. As folhas são formadas por um número ímpar de folíolos.

As flores, brancas ou azuis, dispõem-se em inflorescências erectas. O fruto é uma vagem, contendo as sementes achatadas (os tremoços).

Diz-se popularmente que os tremoços não matam a fome, isto acontece porque, apesar do seu alto valor nutricional (ficam apenas atrás da Soja na quantidade de proteínas), não contêm amido.

Usos medicinais e princípios activos:

Rico em lupalina, fosfolípidos, proteínas, beta-caroteno, luteína e vitamina E, é antidiabético, e emoliente.

É útil como coadjuvante no tratamento da diabetes.

Utiliza-se também em casos de parasitas intestinais.

Externamente usa-se como suavizante da pele em caso de eczemas e abcessos.

Usos culinários:

Amplamente utilizados na alimentação grega e egípcia, os tremoços devem ser demolhados em várias águas para remover o sabor amargo e diminuir a presença dos alcalóides que o tornam moderadamente tóxico, antes de ser utilizado.
Habitualmente é cozido e “curado” numa salmoura, embora possa ser consumido cru ou transformado em farinha. Podem ainda ser utilizados em paté e outros preparados.

Em Potugal e Espanha (e nas suas antigas colónias) é um petisco muito popular, acompanhado de cerveja, sendo integrante (com o Amendoim e a Azeitona) das populares “empalhadas.”