As Tanchagens, embora diferentes, têm propriedades semelhantes, pelo que o seu uso é comum às várias espécies.
A Tanchagem-maior (Plantago major L.) tem folhas ovais, com sete nervuras e pecíolos compridos, dispostas em roseta. A corola é acinzentada e avermelhada.Ler artigo completo
A Genciana (Gentiana lutea L.), também conhecida por Genciana-amarela. Argençana ou Argençana-dos-pastores, é uma planta vivaz com 50cm a 1,30m de altura, de caule glauco, erecto e oco. As folhas, verdes, são opostas, largas e ovais, com nervuras convergentes.Ler artigo completo
O Umbigo-de-vénus (Umbilicus rupestris (Salisb.) Dandy)*, também conhecido por Orelha-de-monge, Conchelo ou Sombreirinho-dos-telhados, é uma planta suculenta vivaz com 15 a 50cm de altura, com um escapo floral praticamente sem folhas. As folhas, basais, são carnudas, com pecíolos extensos, redondas com uma depressão central.Ler artigo completo
O Cártamo (Carthamus tinctorius L.), também conhecido por Açafroa, Açafrão-bastardo ou Açafrol, é uma planta anual com 10 a 60cm de altura, de caule glabro e ramificado. As folhas são serradas, espinhosas, sésseis, com nervuras na página inferior.Ler artigo completo
A Silva (Rubus fruticosus L. sensu latu*), ou Sarça, é subarbusto sarmentoso, aculeado (com espinhos) com rebentos erectos. As folhas são estipuladas com um número ímpar de folíolos serrados.
As flores são brancas ou cor-de-rosa, dispostas em cachos. O fruto (amora silvestre) é globoso composto de drupéolas carnudas comprimidas sobre um receptáculo.Ler artigo completo
O Manjericão (Ocimum basilicum L.), também conhecido por Alfavaca ou Manjerico-de-folha-larga, é uma planta anual com 15 a 50cm de altura, de caules muito ramificados. As folhas são lanceoladas, longas, de cor verde.
As flores são branco-rosadas, dispostas numa inflorescência central semelhante a uma espiga.Ler artigo completo
A Serralha (Sonchus oleraceus L.), também conhecida por Leituga, é uma planta anual ou bienal com 15 a 80cm de altura, de caule erecto, oco, de cor avermelhada. As folhas basais dispõem-se em roseta, enquanto as caulinares são muito variáveis, dentadas, podendo apresentar pequenos espinhos nas bordas.
As inflorescência, amarela e ligulada, é semelhante à do Dente-de-leão. O fruto é uma cipsela (um tipo de aquénio) vilosa.
Apesar dos seus usos medicinais e alimentares, é considerada uma erva “daninha” de difícil erradicação.
Usos medicinais e princípios activos:
Rica em ferro, cálcio, fósforo, vitaminas A, D e E, flavonóides, compostos fenólicos e tanino, é adstringente, antioxidante, anti-inflamatória, ansiolítica, antidepressiva e desintoxicante.
É indicada para desintoxicação do fígado, e para alívio das dores de estômago e intestinos.
Utiliza-se também nos casos de depressão, ansiedade e fibromialgia.
Externamente usa-se em cataplasmas para dores reumáticas e lesões.
Usos culinários:
Pode ser utilizada em saladas, sopas, ou como verdura, semelhante ao Espinafre.
A Hera-terrestre (Glechoma hederacea L.), também chamada Malvela, é uma planta vivaz com 5 a 25cm de altura, de caule prostrado, piloso e radicante. As folhas são verdes, moles, crenadas, cordiformes e arredondadas.
As flores, azuis maculadas de púrpura o de cor-de-rosa, dispõem-se aos pares (por vezes duplos) unilaterais na axila das folhas. O fruto é uma tetraquénio ovóide, liso e castanho.
Apesar do nome, a Hera-terrestre não tem qualquer semelhança com a Hera.
Usos medicinais e princípios activos:
Rica em tanino, óleo essencial, glúcidos, potássio e resina, é diurética, peitoral, tónica e vulnerária.
É tradicionalmente utilizada nas afecções pulmonares, como asma, bronquite, enfisema e constipações..
Utiliza-se também nos transtornos intestinais.
Externamente usa-se para cicatrizar as feridas e nas hemorróidas.
A Bodelha (Fucus vesiculosus L.), é uma alga com 10cm a 1m de altura, de talo achatado e foliáceo com pequenas vesículas cheias de ar que servem de flutuadores. Os conceptáculos situam-se nas extremidades.
Fixam-se aos rochedos através de um disco basilar provido de rizóides.
Comum nas nossas praias, as crianças divertem-se a rebentar as bolsas de ar, provocando pequenos estalidos.
Usos medicinais e princípios activos:
Rica em Iodo, bromo, sais minerais, acído algínico, oligoelementos e vitaminas, é aquarética, depurativa, estimulante e laxativa.
É útil como coadjuvante no tratamento da obesidade, redução do colesterol e na menopausa.
Externamente usa-se em casos de celulite, psoríase e nos produtos anti-envelhecimento.
Usos culinários:
Pode ser utilizada em saladas, mas não é muito utilizada (à excepção de certas regiões orientais).
O Tremoceiro (Lupinus albus L.), é uma planta anual com 50cm a 2m de altura, de caule erecto. As folhas são formadas por um número ímpar de folíolos.
As flores, brancas ou azuis, dispõem-se em inflorescências erectas. O fruto é uma vagem, contendo as sementes achatadas (os tremoços).
Diz-se popularmente que os tremoços não matam a fome, isto acontece porque, apesar do seu alto valor nutricional (ficam apenas atrás da Soja na quantidade de proteínas), não contêm amido.
Usos medicinais e princípios activos:
Rico em lupalina, fosfolípidos, proteínas, beta-caroteno, luteína e vitamina E, é antidiabético, e emoliente.
É útil como coadjuvante no tratamento da diabetes.
Utiliza-se também em casos de parasitas intestinais.
Externamente usa-se como suavizante da pele em caso de eczemas e abcessos.
Usos culinários:
Amplamente utilizados na alimentação grega e egípcia, os tremoços devem ser demolhados em várias águas para remover o sabor amargo e diminuir a presença dos alcalóides que o tornam moderadamente tóxico, antes de ser utilizado.
Habitualmente é cozido e “curado” numa salmoura, embora possa ser consumido cru ou transformado em farinha. Podem ainda ser utilizados em paté e outros preparados.
Em Potugal e Espanha (e nas suas antigas colónias) é um petisco muito popular, acompanhado de cerveja, sendo integrante (com o Amendoim e a Azeitona) das populares “empalhadas.”