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Natural das costas da Europa Ocidental, a Couve é cultivada por todo o mundo.

Em Portugal existe na sua forma cultivada por todo o país.

Couve silvestre
Couve silvestre - Ilustração por Georg Christian Oeder.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Brassicales
Família: Brassicaceae
Género: Brassica

Chama-se Couve às variedades que pertencem à espécie Brassica oleracea L.. Com demasiadas características diferentes entre as variedades para descrever todas, a variedade silvestre (que deu origem às outras) é uma planta bianual de caule curto e grosso, com folhas carnudas, largas e recortadas, dispostas em roseta. Ler artigo completo

A Melissa-bastarda é natural do Centro e Sul da Eurpopa Ocidental e habita em sebes, bosques pouco densos e ravinas arenosas.

Em Portugal está presente do Minho ao Alto Alentejo.

Melissa-bastarda
Ilustração de Johann Georg Sturm (Colorida por Jacob Sturm).

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Lamiaceae
Género: Melittis

Apesar do nome, a Melissa-bastarda (Melittis melissophyllumL.), também conhecida por Falsa-cidreira, apenas tem em comum com a Erva-cidreira a família (Lamiaceae) e ser uma planta melífera. Vivaz, tem 20 a 50cm de altura. O caule é erecto e viloso. As folhas são grandes, pecioladas, serradas e com nervuras salientes. Ler artigo completo

A Urze é um subarbusto frequente nas terras áridas e incultas, pobres em calcário de quase todo o país.

Urze
Ilustração por Anton Hartinger.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Ericales
Família: Ericaceae
Género: Calluna

Chama-se Urze, Queiró ou Torga às plantas do género Erica ou à única espécie do género Calluna. Esta última (Calluna vulgaris (L.) Hull), é um subarbusto lenhoso com 20cm a 1m de altura, de tronco sinuoso. As folhas são persistentes, opostas, lineares, sésseis, imbricadas e côncavas. Ler artigo completo

Uma das plantas mais controversas da actualidade, o Eucalipto é natural da Tasmânia, sendo cultivado por todo o mundo.

Em Portugal existe por todo o país, especialmente na faixa litoral.

Eucalipto
Ilustração por Franz Eugen Köhler.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Myrtales
Família: Myrtaceae
Género: Eucalyptus

O Eucalipto (Eucalyptus globulus Labill.), é uma árvore com 25 a 35m de altura, de tronco direito, casca lisa acinzentada e lenho avermelhado. As folhas das árvores jovens (e dos rebentos) são opostas, sésseis, claras e cerosas. Nas árvores adultas, as folhas são alternas, falciformes, pecioladas, planas e brilhantes. Ler artigo completo

A Petasite é uma planta da Europa e Ásia que habita em lugares sombrios, junto a regatos, pântanos ou no lodo das valas.

Petasite
Ilustração de Johann Georg Sturm (Colorida por Jacob Sturm).

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Petasites

A Petasite (Petasites hybridus (L.) Gaertn.), é uma planta vivaz com 20 a 50cm de altura, caule oco com escamas ruivas. As folhas são verde-acinzentadas, com a forma de um enorme coração invertido com um pecíolo longo em forma de goteira.

As flores são cor-de-rosa-violáceas, tubulosas, dispostas em capítulos agrupados em tirsos terminais. Os frutos são aquénios encimados por um papilho sedoso.

O seu nome deve-se às suas enormes folhas e vem da palavra grega petasos que era o nome de um grande chapéu.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em tanino, inulina, resina e mucilagem, é adstringente, diurética, emenagoga, expectorante, sudorífica e vulnerária.

É utilizada externamente em feridas e problemas de pele.

Internamente usa-se para a tosse.

Popularmente é usada para o tratamento da gaguez.

Usos culinários:

Não tem.

O Castanheiro-da-Índia é uma árvore Europeia (e não indiana, como o seu nome poderia fazer pensar) cultivada como ornamental e parques urbanos e avenidas.

Castanheiro-da-Índia
Ilustração pelo Prof. Dr. Otto Wilhelm Thomé.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Sapindales
Família: Hippocastanaceae
Género: Aesculus

O Castanheiro-da-Índia (Aesculus hippocastanum Mill.), é uma árvore com 10 a 30m de altura, de copa regular, tronco curto e retorcido com ramos horizontais. As folhas são opostas, pecioladas, palmadas com 5 a 7 folíolos.

As flores são brancas, com manchas amarelas e vermelhas, reunidas cachos compostos. Os frutos são cápsulas espinhosas com 3 valvas, onde se encontram 2 ou 3 castanhas.

O nome da espécie, hippocastanum, significa castanha-de-cavalo porque os Turcos davam a comer as suas castanhas aos cavalos.

Apesar do nome e do tipo de fruto não é parente do Castanheiro comum.

Usos medicinais e princípios activos:

Rico em tanino, saponósidos, flavonóides e heterósidos cumarínicos, é adstringente, anti-hemorrágico, anti-inflamatório e vasoconstritor.

É utilizado em casos de varizes, hemorróidas, frieiras e problemas de circulação.

Não deve ser usado em doses elevadas.

Usos culinários:

Embora rico em amido, não é comestível devido ao seu sabor extremamente amargo

O Amieiro-negro é um arbusto europeu que habita em solos ácidos, argilosos e siliciosos.

Em Portugal encontra-se nas margens dos rios, locais húmidos e sebes.

Amieiro-negro
Ilustração pelo Prof. Dr. Otto Wilhelm Thomé.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Rosales
Família: Rhamnaceae
Género: Frangula

O Amieiro-negro (Frangula alnus Mill.), também conhecido por Sanguinho-de-água, Sanguinheiro ou Zangarinho, é um arbusto com 1 a 4m de altiura, de tronco erecto com ramos horizontais flexíveis, alternos, não espinhosos de cor castanho-avermelhada, quando jovem e cinzenta-escura com estrias brancas na maturidade. As folhas são caducas, alternas, inteiras, membranosas com 8 a 12 pares de nervuras salientes.

As flores são esverdeadas, reunidas de 2 a 10 em cimeiras frouxas. Os frutos são drupas do tamanho de ervilhas que passam da cor verde à vermelha e finalmente se tornam pretas.

O seu nome genérico, frangula vem do latim frangere, que significa partir, em alusão aos seus ramos frágeis.

Usos medicinais e princípios activos:

Rico em tanino, heterósidos, antracénicos, mucilagem e goma, é cicatrizante, colagogo, laxativo e purgante.

Deve utilizar-se apenas a segunda casca, seca durante um ano e reduzida a pó. Qualquer outra parte da planta é tóxica.

É utilizado em casos de obstipação, obesidade e problemas de vesícula.

Usos culinários:

Não tem

A Abóbora é nativa do continente americano, mas é cultivada em praticamente todo o mundo.

Abóbora-menina
Cucurbita maxima. Ilustração por Francisco Manuel Blanco

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Cucurbitales
Família: Cucurbitaceae
Género: Cucurbita

Chama-se Abóbora a qualquer espécie do género Cucurbita e à espécie única do género Abobra. Em portugal, as mais comuns são a C. pepo (onde se inclui a Courgette) e a C. maxima (a Abóbora-gigante ou Abóbora-menina). São, normalmente plantas de cultivo anual, trepadeiras, que se estendem cobrindo o chão. As folhas são alternas, palmares, por vezes vilosas, de cor verde com ou sem manchas brancas.

As flores são amarelo-alaranjadas, divididas em masculinas e femininas, tendo estas um ovário inferior que dá origem à abóbora. Os frutos são bagas modificadas (por vezes referidas como pepo), podendo ter diversas cores e formas.

Popularmente estão associadas às celebrações outonais. Destas, a mais divulgada actualmente é a celebração norte-americana do Halloween.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em vitaminas e minerais, é emoliente, laxativa e vermífuga.

Pode ser utilizada em casos de obstipação, cistite e reumatismo.

As sementes (e o seu óleo) são úteis como ajudantes na eliminação de ténias e outros parasitas. São também úteis na prevenção de doenças da próstata.

Usos culinários:

A sua utilização mais divulgada é em compotas.

Utiliza-se em sopas e guisados.

Pode também ser consumida crua.

Nalgumas regiões fazem-se papas doces com abóbora e farinha de milho que podem servir de refeição ou como sobremesa.

As sementes (pevides) comem-se torradas.

A Antenária é uma planta europeia que habita em urzais, prados secos e lugares arenosos e pedregosos de solo ácido.

Existente em quase toda a Europa, é extremamente rara em Portugal.

Antenária
Ilustração de Johann Georg Sturm (Colorida por Jacob Sturm).

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Antennaria

A Antenária (Antennaria dioica L.), ou Pé-de-gato, é uma planta vivaz com 5 a 20cm de altura de caule floral simples, erecto e folhoso. As folhas basais, dispõe-se em numerosas rosetas e são espatuladas, verdes-esbranquiçadas na página superior e acizentadas na inferior. As caulinares são lanceoladas.

As flores são dióicas dispostas em capítulos, sendo as masculinas brancas e obovadas enquanto as femininas são cor-de-rosa e lanceoladas. Os frutos são aquénios glabros, lisos com um papilho sedoso. Possui toiças estolhosas que forma extensos tapetes.

O nome Antenária refere-se ao formato das flores masculinas que faz lembrar as antenas dos insectos.

Quanto ao nome Pé-de-gato refere-se aos capítulos florais a lembrar as almofadas fofas dos pés dos felinos.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em tanino, resina, mucilagem e nitrato de potássio, é anti-séptica, béquica, colagoga, emolioente, expectotante, febrífuga e vulnerária.

Os capítulos femininos secos utilizam-se para acalmar a febre, tosse e bronquites.

Externamente, utiliza-se em feridas.

Usos culinários:

Não tem.

A Aveleira é um arbusto (ou pequena árvore) Europeia que habita em sebes, matas, bosques, jardins e parques.

Em Portugal encontra-se especialmente na zona Norte.

Aveleira
Ilustração de Johann Georg Sturm (Colorida por Jacob Sturm).

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fagales
Família: Betulaceae
Género: Corylus

A Aveleira (Corylus avellana L.), ou Avelaneira, é um abursto com 3 a 8m de altura com rebentos revestidos de pêlos glandulosos. As folhas são moles, ovais pontiagudas, serradas e alternas.

Possui amentilhos masculinos alongados e pendentes, de cor amarelo-dourado e femininos quase invisíveis com estiletes vermelhos. Os frutos, secos, são indeiscentes encerrados num invólucro com cúpula foliácea.

Corylus vem do grego coryx que significa elmo, em referência ao invólucro do fruto, que se assemelha a esta peça de armadura.

Uma das árvores sagradas dos druidas, é também apreciada pelas bruxas.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em tanino, flavonóides e óleos, é adstringente, anti-hemorrágica, anti-sudorífica, hipotensora (as sementes), depurativa, febrífuga e vasoconstritora.

A infusão das cascas utiliza-se para ajudar a estancar hemorragias. Externamente utiliza-se para lavar feridas e chagas.

A infusão das folhas utiliza-se como depurativo do sangue.

As avelãs são recomendadas para casos de hipertensão.

Usos culinários:

As sementes (as avelãs) são consumidas ao natural e em diversos preparados de doçaria e confeitaria, habitualmente em conjunto com o chocolate.