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A Consolda é uma planta que existe nos locais húmidos da Europa, à excepção da região mediterrânica.

Em Portugal existe no Minho.

Consolda
Ilustração de Johann Georg Sturm (Colorida por Jacob Sturm).

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Boraginaceae
Género: Symphytum

A Consolda (Symphytum officinnale L.), também chamada Consolda-maior, Orelhas-de-asno ou, no Brasil, Confrei, é uma planta vivaz com 30 a 80cm de altura, de caule robusto, erecto, quadrangular e ramoso. Asfolhas são ovais, longas, espessas e dotadas de pelos ásperos. Ler artigo completo

Natural das costas da Europa Ocidental, a Couve é cultivada por todo o mundo.

Em Portugal existe na sua forma cultivada por todo o país.

Couve silvestre
Couve silvestre - Ilustração por Georg Christian Oeder.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Brassicales
Família: Brassicaceae
Género: Brassica

Chama-se Couve às variedades que pertencem à espécie Brassica oleracea L.. Com demasiadas características diferentes entre as variedades para descrever todas, a variedade silvestre (que deu origem às outras) é uma planta bianual de caule curto e grosso, com folhas carnudas, largas e recortadas, dispostas em roseta.

As flores, amarelas, surgem no segundo ano no alto de um caule floral com 1 a 2m de altura. O fruto é uma cápsula.

As variedades cultivadas podem diferir na forma das folhas, cor das flores ou no tamanho do caule.

As suas variedades cultivares dividem-se por vários grupos*, sendo os mais representativos no nosso país os grupos Acephala (Couve-de-folhas), Botrytis (Brócolo e Couve-flor), Capitata (Repolho), e Tronchuda (Couve-portuguesa).

Usos medicinais e princípios activos:

A Couve tem diversas propriedades, é antianémica, antidiarreica, antiescorbútica, cicatrizante, depurativa, diurética, emoliente, hipoglicemiante, peitoral, vermífuga e vulnerária.

Com mais de 80 aplicações distintas (demasiadas para listar aqui), a recomendação é o consumo de Couve com regularidade.

Destaca-se, no entanto, a sua utilização em casos de anemia, diabetes, escorbuto e reumatismo.

Para fins medicinais é especialmente recomendada a Couve-roxa.

Em uso externo utilizam-se as folhas frecas em cataplasmas.

Usos culinários:

Pode ser usada de diversas maneiras. Sopas, saladas, cozidos, guisados, etc.

A Couve é parte integrante da culinária portuguesa, sendo o ingrediente principal do famoso Caldo Verde (que é típico de Portugal e da Galiza).

Também na Ceia de Natal, a Couve é um elemento tradicionalmente imprescindível, seja como acompanhamento do bacalhau, seja em sopas. No Interior do país, certas cultivares do grupo Acephala e Tronchuda são conhecidas como Couve-do-natal.

*Esta divisão depende do sistema utilizado.

A Melissa-bastarda é natural do Centro e Sul da Eurpopa Ocidental e habita em sebes, bosques pouco densos e ravinas arenosas.

Em Portugal está presente do Minho ao Alto Alentejo.

Melissa-bastarda
Ilustração de Johann Georg Sturm (Colorida por Jacob Sturm).

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Lamiaceae
Género: Melittis

Apesar do nome, a Melissa-bastarda (Melittis melissophyllumL.), também conhecida por Falsa-cidreira, apenas tem em comum com a Erva-cidreira a família (Lamiaceae) e ser uma planta melífera. Vivaz, tem 20 a 50cm de altura. O caule é erecto e viloso. As folhas são grandes, pecioladas, serradas e com nervuras salientes.

As flores são cor-de-rosa, muito grandes, unilaterais (ou seja, estão todas viradas para o mesmo lado), dispondo-se de 2 a 5 na axila das folhas. O fruto é um tetraquénio globoso, arredondado no cimo. O seu cheiro é intenso e desagradável.

Melittis, tal como Melissa, vem do grego e alude ao facto de se tratar de uma planta melífera, apreciada pelas abelhas e, muito especialmente, pelas traças.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em cumarina, é anti-séptica, diurética, emenagoga e sedativa.

As suas propriedades diuréticas fizeram com que seja tradicionalmente utilizada para a gota e os cálculos urinários (pedras na bexiga).

É utilizada para promover a menstruação e para tratar as insónias.

Usa-se também em lavagens oculares para tratamento da conjuntivite.

É ainda utilizada como coadjuvante no tratamento de estados de angústia.

Usos culinários:

Não tem.

A Urze é um subarbusto frequente nas terras áridas e incultas, pobres em calcário de quase todo o país.

Urze
Ilustração por Anton Hartinger.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Ericales
Família: Ericaceae
Género: Calluna

Chama-se Urze, Queiró ou Torga às plantas do género Erica ou à única espécie do género Calluna. Esta última (Calluna vulgaris (L.) Hull), é um subarbusto lenhoso com 20cm a 1m de altura, de tronco sinuoso. As folhas são persistentes, opostas, lineares, sésseis, imbricadas e côncavas.

As flores são cor-de-rosa, dispostas em cachos.

Melífera, o seu mel é muito apreciado para o fabrico de bolos.

Calluna vem do grego e significa varrer, visto que a sua rama era utilizada no fabrico de vassouras.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em arbustósido, tanino, resina, ácidos, caroteno, amido e goma, é adstringente, anti-séptica e diurética.

É utilizada para cistites, nefrites, diarreia e reumatismo.

Externamente utiliza-se para o acne.

É um dos 38 Florais de Bach, utilizando-se para prevenir o egocentrismo.

Usos culinários:

Não tem.

Uma das plantas mais controversas da actualidade, o Eucalipto é natural da Tasmânia, sendo cultivado por todo o mundo.

Em Portugal existe por todo o país, especialmente na faixa litoral.

Eucalipto
Ilustração por Franz Eugen Köhler.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Myrtales
Família: Myrtaceae
Género: Eucalyptus

O Eucalipto (Eucalyptus globulus Labill.), é uma árvore com 25 a 35m de altura, de tronco direito, casca lisa acinzentada e lenho avermelhado. As folhas das árvores jovens (e dos rebentos) são opostas, sésseis, claras e cerosas. Nas árvores adultas, as folhas são alternas, falciformes, pecioladas, planas e brilhantes. Ler artigo completo

A Petasite é uma planta da Europa e Ásia que habita em lugares sombrios, junto a regatos, pântanos ou no lodo das valas.

Petasite
Ilustração de Johann Georg Sturm (Colorida por Jacob Sturm).

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Petasites

A Petasite (Petasites hybridus (L.) Gaertn.), é uma planta vivaz com 20 a 50cm de altura, caule oco com escamas ruivas. As folhas são verde-acinzentadas, com a forma de um enorme coração invertido com um pecíolo longo em forma de goteira.

As flores são cor-de-rosa-violáceas, tubulosas, dispostas em capítulos agrupados em tirsos terminais. Os frutos são aquénios encimados por um papilho sedoso.

O seu nome deve-se às suas enormes folhas e vem da palavra grega petasos que era o nome de um grande chapéu.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em tanino, inulina, resina e mucilagem, é adstringente, diurética, emenagoga, expectorante, sudorífica e vulnerária.

É utilizada externamente em feridas e problemas de pele.

Internamente usa-se para a tosse.

Popularmente é usada para o tratamento da gaguez.

Usos culinários:

Não tem.

O Castanheiro-da-Índia é uma árvore Europeia (e não indiana, como o seu nome poderia fazer pensar) cultivada como ornamental e parques urbanos e avenidas.

Castanheiro-da-Índia
Ilustração pelo Prof. Dr. Otto Wilhelm Thomé.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Sapindales
Família: Hippocastanaceae
Género: Aesculus

O Castanheiro-da-Índia (Aesculus hippocastanum Mill.), é uma árvore com 10 a 30m de altura, de copa regular, tronco curto e retorcido com ramos horizontais. As folhas são opostas, pecioladas, palmadas com 5 a 7 folíolos.

As flores são brancas, com manchas amarelas e vermelhas, reunidas cachos compostos. Os frutos são cápsulas espinhosas com 3 valvas, onde se encontram 2 ou 3 castanhas.

O nome da espécie, hippocastanum, significa castanha-de-cavalo porque os Turcos davam a comer as suas castanhas aos cavalos.

Apesar do nome e do tipo de fruto não é parente do Castanheiro comum.

Usos medicinais e princípios activos:

Rico em tanino, saponósidos, flavonóides e heterósidos cumarínicos, é adstringente, anti-hemorrágico, anti-inflamatório e vasoconstritor.

É utilizado em casos de varizes, hemorróidas, frieiras e problemas de circulação.

Não deve ser usado em doses elevadas.

Usos culinários:

Embora rico em amido, não é comestível devido ao seu sabor extremamente amargo

O Amieiro-negro é um arbusto europeu que habita em solos ácidos, argilosos e siliciosos.

Em Portugal encontra-se nas margens dos rios, locais húmidos e sebes.

Amieiro-negro
Ilustração pelo Prof. Dr. Otto Wilhelm Thomé.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Rosales
Família: Rhamnaceae
Género: Frangula

O Amieiro-negro (Frangula alnus Mill.), também conhecido por Sanguinho-de-água, Sanguinheiro ou Zangarinho, é um arbusto com 1 a 4m de altiura, de tronco erecto com ramos horizontais flexíveis, alternos, não espinhosos de cor castanho-avermelhada, quando jovem e cinzenta-escura com estrias brancas na maturidade. As folhas são caducas, alternas, inteiras, membranosas com 8 a 12 pares de nervuras salientes.

As flores são esverdeadas, reunidas de 2 a 10 em cimeiras frouxas. Os frutos são drupas do tamanho de ervilhas que passam da cor verde à vermelha e finalmente se tornam pretas.

O seu nome genérico, frangula vem do latim frangere, que significa partir, em alusão aos seus ramos frágeis.

Usos medicinais e princípios activos:

Rico em tanino, heterósidos, antracénicos, mucilagem e goma, é cicatrizante, colagogo, laxativo e purgante.

Deve utilizar-se apenas a segunda casca, seca durante um ano e reduzida a pó. Qualquer outra parte da planta é tóxica.

É utilizado em casos de obstipação, obesidade e problemas de vesícula.

Usos culinários:

Não tem

A Abóbora é nativa do continente americano, mas é cultivada em praticamente todo o mundo.

Abóbora-menina
Cucurbita maxima. Ilustração por Francisco Manuel Blanco

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Cucurbitales
Família: Cucurbitaceae
Género: Cucurbita

Chama-se Abóbora a qualquer espécie do género Cucurbita e à espécie única do género Abobra. Em portugal, as mais comuns são a C. pepo (onde se inclui a Courgette) e a C. maxima (a Abóbora-gigante ou Abóbora-menina). São, normalmente plantas de cultivo anual, trepadeiras, que se estendem cobrindo o chão. As folhas são alternas, palmares, por vezes vilosas, de cor verde com ou sem manchas brancas.

As flores são amarelo-alaranjadas, divididas em masculinas e femininas, tendo estas um ovário inferior que dá origem à abóbora. Os frutos são bagas modificadas (por vezes referidas como pepo), podendo ter diversas cores e formas.

Popularmente estão associadas às celebrações outonais. Destas, a mais divulgada actualmente é a celebração norte-americana do Halloween.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em vitaminas e minerais, é emoliente, laxativa e vermífuga.

Pode ser utilizada em casos de obstipação, cistite e reumatismo.

As sementes (e o seu óleo) são úteis como ajudantes na eliminação de ténias e outros parasitas. São também úteis na prevenção de doenças da próstata.

Usos culinários:

A sua utilização mais divulgada é em compotas.

Utiliza-se em sopas e guisados.

Pode também ser consumida crua.

Nalgumas regiões fazem-se papas doces com abóbora e farinha de milho que podem servir de refeição ou como sobremesa.

As sementes (pevides) comem-se torradas.

A Antenária é uma planta europeia que habita em urzais, prados secos e lugares arenosos e pedregosos de solo ácido.

Existente em quase toda a Europa, é extremamente rara em Portugal.

Antenária
Ilustração de Johann Georg Sturm (Colorida por Jacob Sturm).

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Antennaria

A Antenária (Antennaria dioica L.), ou Pé-de-gato, é uma planta vivaz com 5 a 20cm de altura de caule floral simples, erecto e folhoso. As folhas basais, dispõe-se em numerosas rosetas e são espatuladas, verdes-esbranquiçadas na página superior e acizentadas na inferior. As caulinares são lanceoladas.

As flores são dióicas dispostas em capítulos, sendo as masculinas brancas e obovadas enquanto as femininas são cor-de-rosa e lanceoladas. Os frutos são aquénios glabros, lisos com um papilho sedoso. Possui toiças estolhosas que forma extensos tapetes.

O nome Antenária refere-se ao formato das flores masculinas que faz lembrar as antenas dos insectos.

Quanto ao nome Pé-de-gato refere-se aos capítulos florais a lembrar as almofadas fofas dos pés dos felinos.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em tanino, resina, mucilagem e nitrato de potássio, é anti-séptica, béquica, colagoga, emolioente, expectotante, febrífuga e vulnerária.

Os capítulos femininos secos utilizam-se para acalmar a febre, tosse e bronquites.

Externamente, utiliza-se em feridas.

Usos culinários:

Não tem.