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A Aveleira é um arbusto (ou pequena árvore) Europeia que habita em sebes, matas, bosques, jardins e parques.

Em Portugal encontra-se especialmente na zona Norte.

Aveleira
Ilustração de Johann Georg Sturm (Colorida por Jacob Sturm).

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fagales
Família: Betulaceae
Género: Corylus

A Aveleira (Corylus avellana L.), ou Avelaneira, é um abursto com 3 a 8m de altura com rebentos revestidos de pêlos glandulosos. As folhas são moles, ovais pontiagudas, serradas e alternas.

Possui amentilhos masculinos alongados e pendentes, de cor amarelo-dourado e femininos quase invisíveis com estiletes vermelhos. Os frutos, secos, são indeiscentes encerrados num invólucro com cúpula foliácea. Ler artigo completo

A Pervinca é uma planta nativa da Europa Central e Meridional que habita em sebes, margens de rios e campos argilosos ou calcários.

Em Portugal encontra-se especialmente nas zonas de Bragança, Buçaco e Fundão.

É também cultivada como planta ornamental.

Pervinca
Ilustração por Edward Step.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Gentianales
Família: Apocyanaceae
Género: Vinca

A Pervinca (Vinca minor L.), também conhecida por Congossa, é uma planta vivaz com 15 a 20cm de altura e com um caule prostrado e radicante com 1 a 3m de comprimento. As folhas são opostas, elípticas, brilhantes e persistentes. Ler artigo completo

A Alface é uma planta cultivada, pelo que habita nas hortas.
A Alface-brava é vulgar nos baldios das regiões temperadas da Europa e da Ásia.

Alface
Ilustração por J. C. Krauss.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Aseraceae
Género: Lactuca

A Alface (Lactuca sativa L.), é uma planta anual com 15 a 30cm de altura e de diâmetro com um caule curto e cilíndrico com as folhas dispostas à sua volta. No caso da Alface-brava (Lactuca serriola L.), as folhas são rígidas e espinhosas na nervura central. Ler artigo completo

Na descrição de cada planta abordada nestas notas surgem alguns termos botânicos que são, certamente, desconhecidos para alguns dos nosso leitores. Assim, aqui fica um pequeno glossário de alguns desses termos.

Amentilho: Inflorescência em forma de espiga, geralmente pendente e formada por flores unisexuadas.

Aquénio: Fruto seco que não se abre espontâneamente e com uma só semente.

Bráctea: Folha, geralmente atrofiada, situada na base de uma flor.

Cápsula: Fruto seco deiscente formado por um certo número de cavidades interiores que se abrem para libertar as sementes. Ler artigo completo

O Morso-diabólico é uma planta europeia, que habita em solos húmidos e relvados.

Em Portugal é espontâneo no Minho, Beiras, Estremadura e litoral do Alentejo.

Morso-diabólico
Ilustração por Carl Lindman.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Dipsacales
Família: Caprifoliaceae*
Género: Succisa

O Morso-diabólico (Succisa pratensis Moench), também conhecido por Roída-do-diabo ou Escabiosa-mordida, é uma planta vivaz com 30cm a 1,25m de altura de caule glabro ou pubescente com ramos verticais. As folhas são inteiras, oval-oblongas e opostas.

As flores são azuis-violáceas, dispostas em capítulos globosos solitários. Os frutos são aquénios. O rizoma, escuro, é truncado junto ao colo.

O seu nome vem do seu rizoma truncado. Segundo a lenda, o Diabo, furioso por ter que reconhecer as propriedades da planta, deu-lhe uma dentada, seccionando a raiz.

Quanto ao nome Escabiosa, vem do latim scabies que significa sarna, numa clara alusão ao seu uso medicinal durante a Idade Média.

Usos medicinais e princípios activos:

Rico em escabiósido, amido, sais minerais, saponósidos e tanino, é adstringente, depurativo, estomáquico, expectorante, sudorífico, tónico e vulnerário.

É utilizado para a asma, aftas e bronquites.

É, também, usado para diversos problemas de pele, entre os quais a sarna.

Usos culinários:

A raiz pode ser usada para fazer licor.

*Alguns autores incluem-no na família das Dipsacaceae. No entanto, as Dipsacaceae são geralmente consideradas uma sub-famíliia das Caprifoliaceae.

A Nêveda-dos-gatos é uma planta europeia, que habita em terrenos baldios, bermas e locais pedregosos.

Em Portugal encontra-se de Trás-os-Montes ao Alentejo.

Nêveda-dos-gatos
Ilustração de Johann Georg Sturm (Colorida por Jacob Sturm).

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Lamiaceae
Género: Nepeta

A Nêveda-dos-gatos (Nepeta cataria L.), também conhecida por Erva-gateira, é uma planta vivaz com 50cm a 1m de altura de caule viloso, acinzentado, erecto e ramificado. As folhas são pecioladas largas, serradas, verde-acinzentadas na página superior e esbranquiçadas na inferior.

As flores são labiadas, de cor brana e púrpura, de cálice viloso, lábio superior chanfrado e inferior côncavo, dispostas em verticilos densos. Os frutos são aquénios de cor castanha.

É uma planta aconselhada nas casas onde existam gatos, uma vez que são atraídos por esta planta que usam como droga recreativa devido aos efeitos hipnóticos e alucinogénios que lhes provoca.

Apesar do nome, não deve ser confundida com a Nêveda que, embora seja da mesma família, é uma planta diferente.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em carvacrol, timol, nepetalactona e ácido nepetálico, é antiespasmódica, carminativa, emenagona, estomáquica, tónica e vulnerária.

É utilizada para a tosse e bronquite crónica.

Estimula a sudação, pelo que é útil em febres altas.

É ainda utilizada para regular a menstruação.

Devido à sua acção sobre os felinos, tem, também, usos na medicina veterinária.

Usos culinários:

Não tem.

A Nêveda é uma planta nativa do Norte de África e da Eurásia, comum em Inglaterra e na Europa Central.

Em Portugal é frequente nos locais secos e áridos.

Nêveda
Ilustração de Johann Georg Sturm (Colorida por Jacob Sturm).

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Lamiaceae
Género: Clinopodium

A Nêveda (Clinopodium nepeta (L.) Kuntze)*, também conhecida por Erva-das-azeitonas ou Calaminta, é uma planta vivaz com 15 a 30cm de altura de caule herbáceo e ramificado. As folhas são pecioladas e serradas.

As flores são labiadas, de cor púrpura, de cálice erecto com dentes desiguais.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em essência e enzimas, é antiespasmódica, estomáquica, expectorante e tónica.

Utiliza-se para a tosse e expectoração.

É, também, auxiliar da digestão e alívio da aerofagia.

É, ainda, utilizada para alívio dos soluços e dos acufenos.

Usos culinários:

A Nêveda é utilizada na cura das azeitonas, conferindo-lhes sabor.

Na Galiza utiliza-se como aromatizante para as castanhas cozidas.

É, também, utilizada na cozinha italiana como condimento.

*Esta planta já passou por muitos géneros, sendo comum encontrá-la com o nome mais antigo de Calamintha officinalis Moench., Calamintha nepeta (L.) Savi., ou mesmo com o nome de Satureja calamintha (L.) Schelle..

A Éfedra é uma planta das regiões áridas, habitando em areais do litoral mediterrânico e atlântico.

Em Portugal encontra-se nas zonas litorais do Baixo Alentejo e Algarve.

Éfedra
E. distachya - Ilustração pelo Prof. Dr. Otto Wilhelm Thomé.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Spermatophyta
Classe: Gnetopsida
Ordem: Gnetales
Família: Ephedraceae
Género: Ephedra

Existem várias espécies de Éfedra (Ephedra sp.). A espécie tipo é a E. distachya, sendo a E. sinica a mais utilizada para fins terapêuticos. Em Portugal encontra-se a E. fragilis. A Éfedra é um arbusto com 40cm a 1m de altura de caule prostrado e ascendente, de ramos opostos, fasciculados com artículos rígidos de 2 a 4cm. As folhas são pequenos pares de escamas opostas, na articulação dos ramos.

As flores são amarelo-esverdeadas, sem cálice nem corola, com escamas arredondadas aglomeradas em amentilhos masculinos com 4 a 8 pares de flores e femininos com um único par de flores envolvido por escamas. Os frutos são pseudo-drupas globosas de cor vermelha envolvendo uma semente nua.

Usos medicinais e princípios activos:

Rica em Vitamina C e Efedrina (um alcalóide), é antiespasmódica, eupneica, vasoconstritora e anorexígena.

Utiliza-se para a asma e, externamente, para a urticária.

Embora não seja tóxica em doses terapêuticas, é desaconselhado o seu uso em pessoas diabéticas, hipertensas, grávidas e crianças abaixo de 6 anos.

A Efedrina é considerada um substância dopante, pelo que os desportistas estão proibidos de utilizar suplementos que a contenham.

Usos culinários:

Não tem.

O Fisális é uma planta que cresce nas regiões temperadas e subtropicais, sendo a maioria das espécies nativa do continente Americano.

Habita nas vinhas e nos olivais, sendo amplamente cultivado.

Fisális
P. Alkekengi - Ilustração pelo Prof. Dr. Otto Wilhelm Thomé.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Solanales
Família: Solanaceae
Género: Physalis

As duas espécies mais comuns de Fisális são o Physalis peruviana L., mais utilizado para fins alimentares, e o Physalis alkekengi L., mais utilizado para fins terapêuticos. Também conhecido por Alquequenje, Balão-de-são-joão, Lanterna-chinesa ou Peido-de-velha, é uma planta perene (embora nas regiões temperadas se comporte como anual) com 40cm a 1m de altura de caule herbáceo, erecto e ramoso. As folhas são largas, em forma de coração, dispostas em espiral.

As flores são brancas ou amarelas, em forma de sino. Os frutos são bagas amarelas (P. peruviana) ou avermelhadas (P. alkekengi), semelhantes a pequenos tomates, cobertas pelo cálice da flor que se desenvolve numa pequena bolsa com a aparência de papel, de cor semelhante à do fruto.

O nome Physalis vem de uma palavra grega que significa “eu incho”.

Usos medicinais e princípios activos:

Rico em Vitamina C, ácido cítrico, ácido málico, carotenóides, glúcidos e alcalóides (vestígios), é depurativo, diurético, emoliente, febrífugo, refrescante e sedativo.

Utiliza-se na gota e doenças reumáticas.

É também utilizado para a icterícia, litíase e edemas.

Usos culinários:

O Fisális é utilizado em saladas, molhos frutados, chutneys e compotas.

É também apreciado ao natural.

O seu sabor exótico lembra o do tomate, mas com um toque mais ácido e adocicado.

O Estragão é uma espécie de Artemísia nativa da Sibéria que é cultivada em praticamente todo o hemisfério Norte, especialmente na França e na Rússia.

Estragão
Fotografia por Kenpei.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Artemisia

O Estragão (Artemisia dracunculusL.), é uma planta perene com cerca de 1,2m de altura de caule herbáceo e ramoso. As folhas são verdes brilhantes, com 2mm a 1cm de largura.

As flores são amarelas ou verde-amareladas, dispostas em capítulos com até 40 flores. As sementes do Estragão são, geralmente, estéreis, reproduzindo-se através dos rizomas.

As duas variedades mais conhecidas são o Estragão Russo e o Estragão Francês, tendo esta última a particularidade de ser mais aromática e raramente produzir flores.

O nome dracunculus significa pequeno dragão, pelo que também é conhecido por Erva-dragão.

Usos medicinais e princípios activos:

Rico em óleo essencial e estragol, é antiespasmódico, anti-séptico, aperitivo, digestivo, emenagogo, estimulante e vermífugo.

Utiliza-se nas digestões pesadas, aerofagia e meteorismo.

É também utilizada para regulação dos períodos menstruais e para estimular o apetite

Externamente utiliza-se para as dores artríticas.

Usos culinários:

Para fins culinários é preferível utilizar a variedade francesa, visto ser mais aromática.

De aroma anisado é utilizado como aromatizante em vinagres e molhos, sendo essencial no molho béarnaise. É também parte das misturas de Ervas da Provença, Finas Ervas e bouquet garni.

É, também, utilizado em omeletas, saladas, pratos de aves e no Tabule.

Na Provença faz-se um licor de Estragão, que é uma especialidade regional.