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Nativo da Europa, o Freixo existe em quase todas as regiões de Portugal, especialmente nas zonas ribeirinhas.

Conta a lenda que foi à sombra de uma destas árvores que El-Rei D. Dinis descansou, pendurando a sua espada no tronco dando origem à vila de Freixo de Espada à Cinta.*

Freixo
Ilustração pelo Prof. Dr. Otto Wilhelm Thomé.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Oleaceae
Género: Fraxinus

O Freixo Fraxinus excelsior L.) é uma árvore de porte médio, com cerca de 20 metros de altura (embora alguns exemplares possam chegar aos 45 metros). O tronco, erecto, é cinzento, de casca lisa nos exemplares jovens e gretada nos adultos. Ler artigo completo

Com a chegada da Primavera, os passeios no campo são uma excelente oportunidade para conhecer melhor as plantas aromáticas e medicinais e até colher algumas.

No entanto, para se poder desfrutar em segurança das propriedades destas nossas amigas, são necessários alguns cuidados na sua colheita e utilização.

Cesto com plantas

Cuidados a ter na colheita:

Há alguns cuidados básicos a ter na colheita de plantas aromáticas e medicinais:

  • Ter a absoluta certeza de que espécie se está a colher. Existem plantas que são muito parecidas, mas que são perigosas. Um exemplo clássico é a cicuta, planta muito perigosa, que é facilmente confundida com a Salsa ou com o Aipo. Na dúvida comprar a planta que se pretende usar.
  • Usar luvas sempre que necessário. Existem plantas com espinhos ou que provocam irritação na pele. Umas luvas de jardinagem são fáceis de levar e ajudam a proteger as mãos.
  • Evitar colher plantas à beira de estradas movimentadas. O tráfego automóvel provoca a deposição de metais pesados e outras substâncias tóxicas nas folhas das plantas. Além disso, uma pequena caminhada na natureza é mais saudável.
  • Não colher mais que o estritamente necessário. A colheita de grandes quantidades pode pôr em causa a sobrevivência da planta, ou mesmo da espécie. Isto é ainda mais importante em plantas em que se utiliza a raiz, como a Gilbardeira.
  • Respeitar a lei. Não se deve colher plantas em locais onde é proibido, como parques, áreas protegidas ou propriedades privadas. Do mesmo modo, nunca se deverão colher espécies protegidas. Nestes casos deve optar-se pela compra ou pelo cultivo.
  • Usar o bom senso. Parece óbvio, mas durante uma actividade divertida como a colheita de plantas é fácil esquecer as regras elementares de segurança.  Assim, deve ter-se sempre atenção ao ambiente em redor, evitar zonas perigosas como declives ou margens de cursos de água e ter atenção à presença de animais que podem tornar-se hostis. Uma boa companhia também é importante, não só pela diversão, mas também pela maior facilidade de socorro em caso de acidente.

Cuidados a ter na utilização:

Tal como na colheita, também na utilização se devem ter alguns cuidados:

  • Ter a absoluta certeza de que espécie se está a utilizar. Há plantas diferentes com o mesmo nome comum. Para evitar confusões, sempre que possível deve-se confirmar a espécie recorrendo ao nome científico.
  • Usar luvas sempre que necessário. Pelos mesmos motivos que na colheita, a utilização de luvas de protecção no manuseamento das plantas poderá ser necessária.
  • Respeitar a dose. Paracelso disse que a diferença entre o remédio e o veneno está na dose. Plantas benéficas em pequenas quantidades podem causar complicações em doses maiores.
  • Armazenar correctamente as plantas e preparados. As plantas que se destinam a infusões devem ser correctamente secas e guardadas em local seco, para evitar a presença de fungos. Os preparados devem sempre ser consumidos num prazo adequados.
  • Usar o bom senso. Sempre que alguma coisa pareça estar mal, então é porque está. Se o sabor, aroma ou aspecto não parecerem os melhores é preferível deitar fora e começar de novo (ou comprar de novo). Se houver alguma reacção indesejada, como vómitos ou alergias, parar imediatamente com a utilização da planta ou preparado.

Seguindo estes conselhos, a utilização das Plantas Aromáticas e Medicinais é mais segura e agradável. Ler artigo completo

Toda a gente a conhece e até Carlos Magno ordenava o cultivo da Salsa nos seus campos.

Em Portugal, quase todas as hortas têm um canteiro desta planta nativa da Europa Mediterrânica. Pode também encontrar-se espontânea e sub-espontânea.

Salsa
Ilustração por Franz Eugen Köhler.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Apiales
Família: Apiaceae
Género: Petroselinum

A Salsa (Petroselinum crispum Mill.) é uma planta herbácea bienal que cresce até 25cm no primeiro ano e desenvolve um talo de flor com até 75cm de altura no segundo. Ler artigo completo

Cultivado um pouco por todo o lado, o Espargo é bem conhecido pelos seus usos culinários.

Já o imperador romano Otávio Augusto apreciava Espargos e, em Portugal, a sua importância chegou a ser tal que deu o nome a uma localidade no concelho de Santa Maria da Feira.

Espargo
Ilustração pelo Prof. Dr. Otto Wilhelm Thomé.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Asparagales
Família: Asparagaceae
Género: Asparagus

O Espargo (Asparagus officinalis L.) é uma planta herbácea perene que cresce até 1,5m. Os caules são erectos e muito ramificados. As “folhas” são, na realidade, cladodos que surgem na axila das verdadeiras folhas, redizidas a pequenas escamas. As flores, em forma de campainha, são verdes-esbranquiçadas, com cerca de 5mm. Os frutos, tóxicos para os humanos, são pequenas bagas vermelhas. Ler artigo completo

Muito usado como condimento, o Aipo é a planta que dá o nome à família das apiáceas.

Nativo das áreas litorais da Europa Ocidental, onde cresce em solos salgados é muito cultivado na sua variedade dulce (Aipo-doce).

É um alergénio, pelo que não deve ser utilizado por quem for sensível a esta planta.

Aipo
Ilustração pelo Prof. Dr. Otto Wilhelm Thomé.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Apiales
Família: Apiaceae
Género: Apium

O Aipo (Apium graveolens Linne) é uma planta anual que pode atingir 80 cm de altura.
Possui tales erectos, ocos e estriados. As folhas são verde escuras. As flores, geralmente brancas (podem ser amareladas ou esverdeadas), crescem em umbelas. Os minúsculos frutos são esféricos e medem 2 mm. Ler artigo completo

A Bolsa-de-pastor é uma planta herbácea muito comum em baldios, jardins, entulhos e até nos passeios das nossas vilas e cidades.

Originária da Europa Oriental e da Ásia Menor, mas naturalizou-se por todo o mundo, sendo actualmente a segunda erva espontânea (ou erva daninha) mais comum.

Bolsa-de-pastor
Ilustração por Carl Lindman

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Brassicales
Família: Brassicaceae
Género: Capsella

A Bolsa-de-pastor (Capsella bursa-pastoris (L.) Medik.), também conhecida por Serrão-do-pastor ou Erva-do-bom-pastor, é uma planta com 20 a 50cm com caules erectos. As folhas basais são compridas e dentadas, dispondo-se em roseta, enquanto que as do caule são lanceoladas. As suas flores sã́o brancas com quatro pétalas.* Ler artigo completo

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O Salgueiro é um arbusto ou pequena árvore muito comum na Europa.

Resistente às geadas, não gosta de temperaturas muito altas e necessita de humidade constante, pelo que é frequentemente encontrado em zonas ripícolas sendo também comum nos nossos jardins.

Salgueiro

Salix alba. Ilustração pelo Prof. Dr. Otto Wilhelm Thomé.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Malpighiales
Família: Salicaceae
Género: Salix

Existem cerca de 400 espécies de Salgueiro (Salix sp.), muitas delas de difícil identificação. Em Portugal, as mais comuns são o Salgueiro-branco (S. alba), o Salgueiro-negro (S. atrocinerea) e uma espécie cultivada, o Salgueiro-chorão (S. x  sepulcralis), que é um híbrido entre o S. alba e o S. babylonica. Ler artigo completo

A Segurelha é uma planta herbácea das encostas calcárias da Europa Meridional.

Encontra-se, normalmente cultivada, um pouco por todo o país.

Segurelha
Satureja montana - Ilustração de Jacob Sturm.

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Lamiaceae
Género: Satureja

As duas espécies mais conhecidas de Segurelha são a Segurelha-das-montanhas (Satureja montana Linne) e a Segurelha-das-hortas (Satureja hortensis Linne). Distinguem-se pelo tamanho e também pelo sabor, por a S. hortensis é mais pequena e tem um sabor mais suave. Para além disso a S. hortensis é anual (nalguns casos comporta-se como bianual), enquanto a S. montana é perene. Apesar do nome, ambas as espécies podem ser cultivadas. Ler artigo completo

A Tília é uma árvore comum no nosso país (e um pouco por todo o hemisfério Norte), sendo cultivada como ornamental em espaços urbanos.

Sagrada para os povos germânicos, é o seu perfume que dá aroma às noites de Verão.

Tilia platyphyllos
T. platyphyllos - Ilustração de Johann Georg Sturm (Coloerida por Jacob Sturm).

Ficha Botânica:

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Malvales
Família: Malvaceae*
Género: Tilia

A Tília é uma árvore que pode atingir 40m de altura. As espécies mais comuns no nosso país são a Tília-de-folhas-largas (Tilia platyphyllos Scopoli) e a Tília-europeia (Tilia x europaea L.), que é um híbrido natural da T. platyphyllos Scopoli e da T. cordata Miller. Todas as espécies têm as mesmas propriedades. Ler artigo completo

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Olá!

Tenho andado afastada destas lides, mas hoje lembrei-me de vos contar mais uma das minhas aventuras culinárias.

Tudo começou porque a vizinha me deu uma melancia branca, a que chama "melancia de porco", dizendo que não era comestível. Realmente não serve para comer crua, principalmente porque tem a polpa bastante consistente e quase sem sabor. Mas, como a nossa prima Net serve sempre para nos dar umas dicas, lá fui eu à procura de conhecimento sobre a tal melancia, hehehe.

A melancia branca (Citrullus lanatus cv. Citroides), também conhecida como melancia forrageira, melancia de cavalo ou melancia de porco, é originária da África, tal como as suas primas, as melancias vermelhas, que tão bem conhecemos. Ler artigo completo